Vaga olímpica da ginástica feminina alivia ciclo sofrido e gera expectativa

Jade lembra percalços vividos pela equipe nos últimos anos, e técnico crê em top 6 no Rio

Seleção Brasileira de Ginástica Feminina
Seleção Brasileira conseguiu a vaga olímpica na última seletiva, no Rio de Janeiro (Foto: Ricardo Bufolin/CBG)

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A ginástica artística feminina brasileira ganhou no domingo ainda mais forças no radar do público. Aberto aos torcedores, o que não tem sido comum nos eventos-teste até aqui, o Qualificatório Final marcou o fim de um período sofrido e abriu portas a uma nova fase para a modalidade após a classificação do time verde e amarelo à disputa por equipes dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto.

As exibições de Daniele Hypolito, Flávia Saraiva, Rebeca Andrade, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e da “caloura” Carolyne Pedro para cerca de 5 mil pessoas na HSBC Arena levaram o Brasil à liderança após duas subdivisões (226,477 pontos). O país terminou à frente de Austrália (218,428), Suíça (218,336) e da Romênia (216,569), que ficou sem a vaga.

Com o desempenho, que renderia às brasileiras o quarto lugar na classificatória do último Mundial, na Escócia, as atletas só tiveram de esperar a terceira subdivisão, que acabou com as chances de Alemanha e Coreia do Sul. A equipe da casa conquistou o título, seguida pelas alemãs (223,977) e pela Bélgica (221,438).

De quebra, as ginastas saíram convictas de que a preparação alcançou no rumo desejado. Pela primeira vez no ciclo atual, a Seleção reuniu seus nomes mais fortes. Ano passado, a ausência de Rebeca, de 16 anos, foi sentida. A joia do país teve ruptura de ligamento cruzado anterior do joelho direito e ficou quase um ano longe do solo. Fora outros dramas...

– É o momento da ginástica feminina. Fizemos um trabalho de prevenção forte contra lesões. É a primeira vez que competimos com a equipe dos sonhos, a mais talentosa. Foi um ciclo difícil. Teve incêndio no ginásio do Flamengo, indefinição sobre onde treinar, ida a Três Rios (RJ), mas valeu – falou Jade, de 24 anos.

O resultado também mostrou às atletas que uma Olimpíada em casa pode não ser nenhum “bicho de sete cabeças”. A pressão era um dos temores da comissão técnica desde o Mundial de Glasgow, em outubro, quando o time terminou em nono lugar e ficou sem a classificação.

O feito foi celebrado, mas o técnico Alexandre Carvalho acredita que algo ainda melhor pode vir pela frente. Precisamente em agosto.

– Podemos ficar entre as seis – disse um dos treinadores da equipe brasileira.

Arthur Zanetti tenta medalha nas argolas


A atração da ginástica artística brasileira nesta segunda-feira no Qualificatório Final será Arthur Zanetti. Após se classificar para a disputa por medalha nas argolas, com 15.800 pontos, o campeão olímpico nos Jogos de Londres-2012 tenta voltar ao pódio. A disputa acontece às 17h15, na HSBC Arena, no Rio de Janeiro.

Na classificatória do último sábado, o brasileiro terminou na segunda colocação geral, atrás apenas de Eleftherios Petrounias, atual campeão olímpico no aparelho. O grego levou a melhor, com 15.900 pontos. No Rio, Zanetti está disputando sua primeira competição neste ano olímpico.

As finais por aparelhos também acontecem  a partir de 13h10.

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