Semana promete medalhas para o Brasil, mas meta top 10 está difícil

Começo com resultados ruins na Rio-2016 deve ser compensado por muitos pódios na última semana dos Jogos. Mas a meta de ficar entre os dez primeiros ficou bem mais difícil<br>

Thiago Pereira - Natação
(Foto: Ari Ferreira/Lancepress!)

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A primeira semana de disputa dos Jogos Rio-2016 causou uma sensação de desconforto e até um pouco de apreensão nos torcedores brasileiros e dirigentes do COB (Comitê Olímpico do Brasil), pela falta de algumas medalhas esperadas no judô e na natação, por exemplo.

A entidade estabeleceu como meta para esta Olimpíada terminar entre os dez primeiros colocados do quadro de medalhas. Isso implicaria em uma campanha que resultasse ao final algo em torno de 25 a 27 pódios, tomando como base os resultados nos dois últimos Jogos.

Mas se esta semana inicial ameaça o objetivo do COB, é certo também dizer que nos próximos dias da Rio-2016 haverá uma sequência de conquistas que compensará a preocupante largada olímpica brasileira.

– Nós traçamos uma meta agressiva, mas factível, de terminar como top 10. Não vamos fazer análises antecipadas, apenas no dia 21, mas continuamos acreditando que alcançaremos a meta – afirmou o superintendente geral do COB, Marcus Vinícius Freire, no último sábado.

O dirigente possivelmente esperava mais do que as seis medalhas conquistadas até este domingo: uma de ouro (judô - Rafaela Silva), duas de prata (tiro - Felipe Wu e ginástica artística - Diego Hypolito) e três de bronze (judô - Rafael Silva e Mayra Aguiar e ginástica artística - Arthur Nory). A sensação de decepção talvez fique mais forte pela natação ter passado sem medalhas este ano e mesmo o judô ter ficado abaixo do esperado.

– Nunca houve 26 países conquistando medalhas no judô. Mas tínhamos potencial para contribuir com mais – reconheceu Ney Wilson, gestor de Alto Rendimento da CBJ (Confederação Brasileira de Judô).

Se a lógica prevalecer, a última semana da Rio-2016 deverá brindar o torcedor brasileiro com conquistas no boxe (ouro ou prata de Robson Conceição), duas no futebol, duas no vôlei, três no vôlei de praia, uma no handebol feminino, uma na ginástica artística (Arthur Zanetti), uma na canoagem velocidade, duas na vela e até uma na luta olímpica. Todas somadas, chegariam a 20 medalhas, recorde na história olímpica brasileira, mas provavelmente abaixo do top 10.

CBDA justifica falta de medalha

O fiasco em termos de pódio no da natação brasileira na Rio-2016 foi relativizado pela CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquático). Para Ricardo de Moura, supervisor executivo da entidade, a avaliação foi considerada produtiva.

– Aumentamos a participação no número de finais e de semifinais. Essa campanha está me lembrando a de 2004, em Atenas, quando não tivemos medalhas porque tivemos uma geração saindo e outra chegando – afirmou o dirigente.

O treinador chefe Alberto Silva também afirma ter visto evolução na participação brasileira. no Rio.

— Estávamos acostumados com finais e semifinais com poucos nadadores. Um dos objetivos era aumentar a massa de atletas que chegassem a este ponto – explicou Silva.

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