Segundo Thomas Bach, Brasil pode estar ‘a semanas’ de duas medalhas olímpicas

Após um jamaicano e uma russa terem sido pegos no doping em Pequim, em 2008, país pode 'herdar' bronzes no revezamento, e presidente do COI diz que decisão está próxima

Em evento, Pelé recebe medalha olímpica de presidente do COI
Thomas Bach declarou que medalha pode estar mais perto dos brasileiros (Foto: MIGUEL SCHINCARIOL/AFP)

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Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), aproveitou esta quinta-feira para reparar uma injustiça histórica, ao conceder a Pelé uma “medalha” olímpica. Agora, o Brasil está perto de ter mais duas correções para adicionar aos livros de história, referentes à Olimpíada de Pequim, na China, em 2008.

Naquela edição dos Jogos, os revezamentos 4x100m rasos brasileiros terminaram em quarto lugar na decisão. Porém, no último mês, o jamaicano Nesta Carter e a russa Yuliya Chermoshanskaya foram flagrados por doping e, assim, seus países podem perder a medalha de ouro na competição chinesa.

Dessa forma, o Brasil “herdaria” o terceiro posto na prova. A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), inclusive, enviou um ofício ao Comitê Olímpico do Brasil (COB) pedindo informações sobre o caso, visto que a Agência Mundial Antidoping (Wada) ainda não confirmou os nomes dos atletas.

– Não recebi a carta ainda, talvez porque esteja no Brasil, e não no escritório. Esses processos estão seguindo e, uma vez que todos os procedimentos legais forem tomados, o COI irá decidir quanto à relocaçao das medalhas. Mas isso pode levar mais algumas semanas ainda – comentou o presidente.

Segundo a CBAt, a resposta do COB à entidade foi que seu presidente, Carlos Arthur Nuzman, estava ”atento aos casos de doping”. Ao LANCE!, o dirigente disse que não pode confirmar nada, visto que o COI ainda não se manifestou.

Em Sydney (AUS), em 2000, os brasileiros ficaram com a prata na mesma disputa e, anos depois, foi anunciado que Tim Montgomery, que correu as eliminatórias pelo time dos Estados Unidos, donos do ouro, fez uso de doping. O primeiro lugar, porém, nunca foi remanejado aos brasileiros, apesar de uma apelação à Corte Arbitral do Esporte. Isso, ao que parece, não acontecerá com as medalhas de Pequim.

– Sim, é o caminho (tirar medalhas de atletas por doping). Queremos manter os golpistas longes do Rio de Janeiro. Queremos ver atletas limpos nos Jogos Olímpicos – completou o presidente do COI.

O revezamento masculino do Brasil em Pequim era formado por Sandro Viana, Vicente Lenilson, Bruno Barros e José Carlos Moreira, o Codó. Já as mulheres, foram à final com Rosemar Coelho Neto, Lucimar Aparecida de Moura, Thaissa Presti e Rosângela Santos.

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