Sarah: ‘Dá para sonhar com medalha em todas as categorias do judô’

Campeã em Londres e eliminada no Rio, atleta diz que nenhum judoca que ainda irá para o tatame pode ser descartado, pois a equipe está fortíssima e concentrada 

Sarah Menezes
Com o braço na tipoia Sarah Menezes posa ao lado de torcedores  em evento no Parque Olímpico  (Foto: William Lucas/Inovafoto/Bradesco)

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Já recuperada da decepção por não conseguir uma medalha nos Jogos do Rio, começando o tratamento da luxação no braço direito e participando de evento de um dos patrocinadores dos Jogos, na Casa BRA, a judoca Sarah Menezes conversou com o LANCE! sobre o ouro da amiga Rafaela Silva e disse que está confiante que o esporte ainda dará mais medalhas para o Brasil nos próximos dias.

Como você analisa a participação do judô brasileiro nos Jogos Olímpicos do Rio?

Sarah: Sempre falei que a nossa equipe é muito forte e estamos mostrando isso. Algumas vezes as pessoas pensam muito no sucesso daquele que já conseguiram medalhas deixando de lado os que nunca chegaram. Um exemplo ocorreu nesta terça-feira com a Mariana Silva, que chegou até a disputa do bronze e quase ninguém falava nela. O time está trabalhado para viver esta competição diferenciada onde o nervosismo bate e quem controla melhor a ansiedade naqueles quatro minutos leva a melhor. Por isso, acredito que todos os nossos judocas que estarão no tatame nesta reta final do judô lutando por medalhas, pois estão concentradíssimos.

Sobre controlar o nervosismo e chegar ao topo, como você avaliou a campanha de ouro da Rafaela Silva, que é uma de suas grandes amigas?

A vitória da Rafa me deixou muito feliz. Quando vi que ela tinha passado pela romena, que era a mais dura, falei para quem estava do meu lado: ela será a campeã. Conheço a Rafa muito bem vi que ela estava concentrada, focada, acho que isso todos viram na TV. Além disso, também foi muito inteligente na estratégia, sempre com o controla das lutas. Uma vitória absolutamente merecida.

Uma volta por cima..

Sem dúvida. Gostei ainda mais do que ela falou nas entrevistas, do passado, quando as pessoas criticaram muito a Rafa por causa daquela eliminação em Londres. Mas ela foi lá e mostrou o quanto é forte mentalmente, além de toda a sua capacidade. E sem nunca esquecer de onde saiu.

Sobre a luta, vibrou muito quando ela derrotou a húngara, que foi a adversária daquela eliminação em Londres?

A húngara e a alemã são boas, mas a rival desde o primeiro momento eu, a Rafa, os técnicos sabiam que era a romena. A vibração maior foi ali. E se a mongol que ela pegou na decisão estava mais cotada para o ouro porque tem bons golpes e chegou muito bem colocada no ranking neste ano. Mas as pessoas ficam muito ligadas no ranking, mas ele não significa tanto assim. Tem muito atleta que é fortíssimo, faz apenas um ou duas lutas no ano e depois some para treinar e só aparece na Olimpíada ou no Mundial. Quer ver um exemplo. esse que o Victor Penalber lutou e perdeu nas oitavas. Ninguém conhecia aquele árabe e ele mostrou ter força absurda.

E como está a sua agenda para os próximos dias de Jogos e a temporada de  2016?

Tem agora a reta final do judô, irei acompanhar as lutas, eventos como este que estou participando. Depois eu sei que darei muitas entrevistas. Espero acompanhar vários esportes, vou querer estar nas Arenas. No fim da Olimpíada, férias! Infelizmente férias machucadas, pois estou com essa lesão no ombro que só ficará curada em dois meses.

O que falta no judô:
Médio (quarta-feira) - Tiago Camilo e Maria Portela
Meio pesado (quinta-feira) - Mayra Aguiar e Rafael Buzacarini
Pesado (sexta-feira) - Rafael Silva e Maria Suelen

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