Rosângela Santos fala em se aposentar após decepção nos 100m

Em sua terceira participação nos Jogos Olímpicos, brasileira não conseguiu uma vaga na final da prova na Olimpíada do Rio de Janeiro

Atletismo 100 - Rosângela Santos
Rosângela Santos pode se aposentar após a Olimpíada do Rio (Foto: Fernanda Paradizo/Fotoarena/Lancepress!)

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A brasileira Rosângela Santos surpreendeu na saída da pista do Engenhão, na noite deste sábado. Eliminada na semifinal dos 100m rasos nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a velocista anunciou que pode deixar o esporte logo após o fim da competição. Aos 25 anos, a atleta se mostrou muito decepcionada com seu desempenho.

- A minha maior adversária sou eu. Boto muita pressão em mim. Tenho de relaxar mais. Não sei se chegou a hora de parar. Vou repensar. Precisa ter uma dedicação grande, abri mão de tudo, fui para os Estados Unidos... Não estando na final, é uma faca no meu peito – afirmou a competidora, que mora atualmente em Washington.

Rosângela não conseguia esconder do desapontamento com seu resultado. As lágrimas enchiam seus olhos a cada resposta. Com o tempo de 11s23, ela terminou a semifinal com a 18ª colocação. Apesar de ter igualado seu melhor tempo na temporada, ela ficou longe de entrar na lista das oito finalistas. Oitava colocada e última classificada, a jamaicana Christania Williams correu para 10s96.

- Venho me dedicando uma vida inteira. A dedicação aumenta a cada ano, as dores aumentam. Minha vida está passando, quero ser mãe. Às vezes, talvez a Olimpíada não seja para mim. Vou pensar e ver o que fazer – declarou a brasileira.

Essa é a terceira participação olímpica da atleta. Em Pequim-2008, ela esteve apenas no revezamento 4x100m. Já em Londres-2012, ela também disputou os 100m, quando caiu na semifinal.

Antes de se despedir dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Rosângela ainda vai disputar o revezamento 4x100m pelo Brasil. As eliminatórias acontecem na quinta-feira, dia 18, com a final, no dia seguinte. A expectativa é brigar por uma medalha, já que na capital inglesa as brasileiras terminaram na quarta colocação.

- Não é impossível. Temos de melhorar a marca sul-americana. A gente vem trabalhando muito, os treinos mudaram Temos feito treinamentos com mais intensidade. Até estranhamos no começo, mas estamos fazendo bem. Estamos trabalhando qualquer possibilidade para ir à final – explicou a atleta.

Agora, antes de pensar no revezamento, a brasileira só tem um desejo após a decepção nos 100m:

- Ainda dói. Tenho só de dormir.

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