Quanto custa ser top 10 na Olimpíada? Brasil gastará R$ 1,4 bilhão para atingir meta

COB estima que gasto com a preparação da delegação brasileira será bilionário. Entidade almeja objetivo inédito, com apoio do governo, confederações, clubes e patrocinadores

Atletas brasileiros posados
Na última semana, o COB reuniu parte do Time Brasil no Rio para um evento de integração (Foto: Divulgação)

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R$ 1,4 bilhão. Este é o valor estimado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) como o custo da preparação dos atletas do Time Brasil para a disputa dos Jogos Olímpicos Rio-2016 ao longo do atual ciclo, iniciado em 2013.

A conta feita pela entidade considera os investimentos de diversos setores. Entram na soma verbas do próprio COB, além dos Ministérios do Esporte e da Defesa, confederações, clubes e patrocinadores.

O comitê também só calcula para este montante os investimentos diretos nos atletas de modalidades olímpicas, como o custeio de viagens para treinos e competições, compra de material esportivo, contratação de treinadores estrangeiros, além dos preparativos da infraestrutura para o Time Brasil no Rio de Janeiro durante a Olimpíada, entre outros.

Não entram na conta investimentos em outras áreas, como no esporte escolar e universitário, construção ou reforma de centros de treinamento regionais, obras da Olimpíada, entre outros.

Com a realização da Olimpíada no país, os investimentos em busca de medalhas saltaram. Para os Jogos de Londres, a conta da preparação feita pelo COB foi de US$ 350 milhões (cerca de R$ 710 milhões, na cotação da moeda em agosto de 2012, mês da realização do evento).

– Foi o melhor quadriênio que tivemos, de forma disparada. Mas não adianta só ter recursos e não monitorar os resultados. Neste aspecto, também tivemos o melhor desempenho. Fizemos a melhor preparação da história para os Jogos Olímpicos – disse Marcus Vinicius Freire, diretor executivo de Esportes do COB, em entrevista ao LANCE!.

Do total de R$ 1,4 bilhão, metade do valor (R$ 700 milhões) foi investido nos atletas pelo COB por meio da Lei Agnelo/Piva.

Do restante, boa parte vem de investimentos federais. Segundo informou o Ministério do Esporte à reportagem, R$ 328 milhões da pasta foram aportados nos competidores por meio do Plano Brasil Medalhas e convênios com confederações.

Já o Ministério da Defesa desembolsou R$ 174 milhões no atual ciclo olímpico, aplicados no Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR). Atualmente, 670 atletas fazem parte do projeto, sendo que boa parte deles disputará a Olimpíada do Rio.

Os R$ 200 milhões restantes vieram de outras fontes das confederações, clubes e patrocinadores.

O alto investimento tem um único objetivo: colocar o Brasil pela primeira vez no top 10 no quadro de medalhas em uma Olimpíada. A meta foi estipulada pelo COB em 2012.

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