Primeira brasileira a levar tocha na história vira ‘celebridade’ por um dia

Lara Leite de Castro mostra que o Brasil já começa a entrar no clima olímpico

Protestos chegada da tocha
Lara Leite foi atração dos curiosos minutos antes de carregar a tocha em Brasília (Foto: Jonas Moura)

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O revezamento da tocha dá a oportunidade única para que alguns desconhecidos sintam o que é ser uma celebridade. Foi o que viveu na terça-feira Lara Leite de Castro, primeira brasileira a conduzir a relíquia, em Barcelona (ESP), em 1992. Ela foi novamente agraciada com a oportunidade na abertura do evento da chama, em Brasília, e mostrou que o país pode ter começado a entrar no clima dos Jogos.

– Fiquei mais nervosa do que na primeira vez. Ficamos torcendo para que tudo dê certo. O brasileiro é um povo sofrido, muitas vezes angustiado. Estamos precisando de alegria – disse a carioca de 44 anos, indicada pela Coca-Cola, uma das patrocinadoras do revezamento.

Gastos elevados com arenas olímpicas, aditivos em contratos, acidentes em obras e denúncias de irregularidades envolvendo empreiteiras ligadas à Olimpíada contribuíram para abalar a imagem da Rio-2016 a três meses da cerimônia de abertura. É por isso que os organizadores têm grande expectativa no tour da chama, que passará por 327 cidades até 5 de agosto.

O caso de Lara deu esperanças de sucesso. Ela recebeu a tocha do ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, bronze em Atenas (GRE), em 2004, na Esplanada dos Ministérios. Vestida com o uniforme oficial dos condutores, chamou a atenção de quem passava pelo local, a princípio sem tanto tumulto.

Aos poucos, porém, os pedidos de selfie cresceram, conforme o horário da corrida se aproximava. Alguns perguntavam “qual é o nome desta atleta?”, sem saber o motivo para ela estar ali. Mas fato é que Lara se viu cercada por dezenas de pessoas mais interessadas no clima de festa do que em protestos.

– Tenho maior consciência da responsabilidade de conduzir a tocha hoje do que em 1992 – disse Lara, formada em Educação Física e fã do ex-nadador Gustavo Borges.

Na Espanha, ela percorreu um trecho maior, de cerca de 500m. Desta vez, os encarregados de levar a tocha correram cerca de 200m.

* O repórter viaja a convite da Coca-Cola

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