Paes culpa Rio-2016 por falha em acompanhamento da Vila Olímpica

Prefeito confunde termos e chama local de "Vila de Mídia" durante coletiva

Ministério do Esporte - Rio Media Center
Ao centro, Eduardo Paes, prefeito do Rio, concedeu coletiva na inauguração do Rio Media Center (Foto: Divulgação)

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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou nesta quarta-feira que houve falha de acompanhamento do Comitê Organizador nos preparativos da Vila dos Atletas para os Jogos Rio-2016. O local começou a receber competidores ainda sem estar concluído e gerou uma série de reclamações no decorrer da semana, sobretudo da delegação da Austrália.

Durante a inauguração do Rio Media Center, centro de cobertura da imprensa do megaevento montado pela prefeitura, Paes eximiu da responsabilidade as construtoras Carvalho Hosken e Odebrecht, encarregadas de executar o empreendimento, com recursos da Caixa Econômica Federal, ao custo de R$ 2,9 bilhões, por meio de uma Parceria Público-Privada.

Embora tenha feito elogio à entidade privada, o prefeito foi claro ao apontar culpados. Estrangeiros apontaram falhas nos sistemas elétrico e hidráulico, além de acabamentos nos apartamentos. O político chegou a confundir os termos e tratou a casa dos atletas como "Vila de Mídia". 

- Desde o primeiro momento, nós reconhecemos as falhas. Uma Vila de Mídia entregue há cerca de três meses. Em cinco, seis dias está se resolvendo tudo. O Bernard, chefe da delegação, disse que é a melhor de todos os tempos. Houve uma falha de acompanhamento, de gestão do Comitê, que tem um timaço. A prefeitura está ajudando nestas falhas. Ainda enfrentaremos desafios nos próximos dias. A Austrália já começou a entrar. Serve como alerta para que o problema não se repita - declarou o prefeito, que logo corrigiu o equívoco.

Ao lado do secretário de Estado da Casa Civil do Rio de Janeiro, Leonardo Espíndola, do ministro do Esporte, Leonardo Picciani, e do presidente da Autoridade Púbica Olímpica (APO), Marcelo Pedroso, Paes voltou a minimizar os problemas da capital fluminense.

- Não tenho dúvida nenhuma de que teremos desafios, mas também não tenho dúvidas de que as pessoas se encantarão com a nossa cidade. O Brasil é um país com dificuldades, mas que tirou muita gente da pobreza. Aqueles que só buscarem problemas encontrarão problemas - declarou o prefeito.

Ele também reforçou a versão da prefeitura de que o Plano de Legado do Parque Olímpico da Barra da Tijuca está pronto, embora a Justiça questione o fato. Segundo ele, ajustes estão em andamento em razão da ampliação da parceria com o governo federal. Atribuiu isso à chegada de Picciani à pasta. O anúncio final do documento está previsto para o dia 3 de agosto.

- Houve um ajuste neste processo com a entrada do ministro Picciani. Não é verdade que o legado não foi planejado e anunciado. Ele vai evoluir agora com a parceria como  ministério - afirmou o prefeito.

O ministro negou que haja riscos envolvendo o legado do Parque, considerado o coração dos Jogos, e deu sua explicação para a demora no processo.

- A ideia é utilizar os equipamentos dos Jogos para que jovens consigam se desenvolver. O legado será integrado em todo o país e funcionará de acordo com uma lógica única. O objetivo é otimizar o seu uso em benefício da população brasileira. - declarou Picciani.

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