Obras do estádio de remo da Lagoa podem parar por falta de pagamentos

Empreiteira ameaça deixar os trabalhos por causa de dívida do governo estadual. Já Empresa de Obras Públicas dá outra versão e diz que construção já está adiantada

Evento-teste de remo na Lagoa Rodrigo de Freitas (Foto: Alex Ferro/Comitê Rio 2016)
Estádio de remo na Lagoa Rodrigo de Freitas recebeu evento-teste em agosto (Foto: Alex Ferro/Comitê Rio 2016)

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A construtora responsável pelas obras de modernização do Estádio de Remo da Lagoa, palco das competições de remo e canoagem velocidade nos Jogos Olímpicos Rio-2016, ameaça paralisar os trabalhos por falta de pagamento. A informação foi divulgada na edição da última terça-feira do RJ TV, da TV Globo.

De acordo com a reportagem, a dívida do estado com a Giver Engenharia chega a R$ 317 mil. A empresa, que venceu a licitação para construir a torre de chegada e reformar a garagem de barcos pelo valor de quase R$ 4,5 milhões, não recebe desde setembro deste ano e já dispensou funcionários. 

O governo estadual vive um momento financeiro delicado em diversas áreas. Outros operários devem ser mandados embora até o final da semana.

O estádio recebeu em agosto deste ano o Mundial Junior de remo, evento-teste da modalidade. A competição aconteceu em meio às obras. 

Empreiteira confirma caso, mas Empresa de Obras Públicas dá outra versão

Nesta quarta-feira, o LANCE! entrou em contato com o sócio-diretor da construtora. Ele disse que não poderia comentar o caso, mas confirmou que as informações divulgadas procedem.

A Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop), deu outra versão ao caso, e afirmou que, graças ao bom andamento das obras, o número de operários foi reduzido de 60 para 15.

A empresa disse que, do montante de R$ 4.411.910,75 (financiamento do Banco do Brasil) pelo custo da obra, já foram pagos R$ 3.193.669,28, restando só o repasse de R$ 1.218.241,47. Os três meses de atraso no pagamento à construtora totalizam cerca de R$ 317 mil.

Na torre de chegada, falta a instalação de dois elevadores, enquanto sete das nove garagens de barcos foram concluídas. A Emop afirma que o atraso nos pagamentos acontece devido à falta de repasse do Banco do Brasil, que financia a obra.

Nenhuma das entidades envolvidas confirmou se a demora na conclusão da construção pode prorrogar a entrega da instalação no Rio.

* Nota atualizada às 20h48 do dia 2 de dezembro de 2015

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