Curiosidades olímpicas: nos Jogos de 1920, Brasil conquista seu 1º ouro

País finalmente sobe no lugar mais alto do pódio em uma edição dos Jogos Olímpicos, com Guilherme Paraense, no tiro esportivo

Brasileiros na Olimpíada de 1920, na Antuérpia (Foto: Afranio da Costa/Arquivo pessoal)
Brasileiros do tiro esportivo na Olimpíada de 1920, na Antuérpia (Foto: Afranio da Costa/Arquivo pessoal)

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Diante de uma Europa arrasada após a Primeira Grande Guerra (1914-1918), a cidade de Antuérpia, na Bélgica, se arrumou às pressas para receber os Jogos. Berlim seria a sede em 1916, mas não houve edição dos Jogos naquele ano por causa do conflito. Por conta das suas posições durante a guerra, Alemanha, Áustria, Hungria, Bulgária e Turquia foram proibidas de participar dos Jogos de 1920. Essa foi uma das exigências dos belgas, que foram invadidos pelos alemães no conflito que durou de 1914 a 1918: a exclusão dos países derrotados.

O tenente do Exército Guilherme Paraense tornou-se o primeiro brasileiro - e também sul-americano - a conquistar um ouro em uma Olimpíada. Paraense faturou a prova de pistola de velocidade, ou tiro rápido. As armas utilizadas pela equipe brasileira tiveram de ser cedidas pelos norte-americanos, já que a delegação verde-amarela foi furtada durante a viagem.

O havaiano Duke Kahanamoku, ganhou a prova dos 100m livres na natação, mas um rival australiano o acusou de ter lhe dado um soco durante a prova. Os juízes anularam a prova e realizaram nova competição. Duke Kahanamoku confirmou a vitória e o recorde mundial (1min00s4), batido na primeira final, e foi ovacionado pela torcida.

Antuérpia-1920 sediu a última participação do cabo de guerra como modalidade olímpica. A prova foi vencida pelos britânicos. Foi uma forma de tirar do programa modalidades que lembrassem conflitos e guerra.

Pela primeira vez, em Antuérpia, apareceu a bandeira olímpica com seus cinco anéis entrelaçados, representando os continentes: azul (Europa), amarelo (Ásia), preto (África), verde (Oceania) e vermelho (América).

A delegação brasileira enfrentou uma viagem de quase um mês a bordo do navio Curvello, cedido pelo Governo Federal. Mas, ao chegar em Portugal, eles perceberam que, de navio, só chegariam na Bélgica dia 5 de agosto, depois do início dos Jogos, marcados para o dia 20 de abril. A equipe, então, deixou o navio e seguiu a viagem de trem, e acabou tendo parte da bagagem furtada.

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