Nadal como exemplo pelo ouro no vôlei masculino

Caso do tenista espanhol é usado como motivação para Seleção voltar ao alto do pódio

Nadal morde sua medalha de ouro nas duplas, ao lado de Marc Lopez
Nadal faturou o ouro na Rio-2016 (Luis Acosta/AFP)

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Uma atitude do tenista Rafael Nadal, em 2011, virou estratégia de motivação para a Seleção Brasileira masculina de vôlei “deixar a alma em quadra” e conquistar a medalha de ouro na Rio-2016. A final acontece hoje, às 13h, contra a Itália, no Maracanãzinho.

Há cinco anos, nas quartas de final do Australian Open, contra o compatriota David Ferrer, o espanhol sentiu uma lesão muscular no início do primeiro set. Toni, o tio e treinador, foi flagrado pela TV sugerindo que Rafa desistisse. A resposta: “Toni, estou nas quartas de final na Austrália. Não me retiro nem cagando”. Nadal não desistiu. Perdeu, é fato. Mas saiu ovacionado pela torcida pelo esforço.

A ideia de mostrar o vídeo aos jogadores foi do médico Álvaro Chamecki, que faz parte da comissão da Seleção e do Rexona há anos. Os alvos foram Lucarelli e Lipe, que deixaram as quartas de final contra a Argentina lesionados. Na semifinal, contra a Rússia, não só jogaram como foram decisivos.

– Lembrei deste vídeo e dei a ideia. Falei com o Fiapo (Guilherme Tênius, fisioterapeuta) e ficamos procurando por um tempão. Nadal fez aquilo em um torneio que acontece todo ano. Imagine para uma Olimpíada que acontece a cada quatro? – disse Chamecki ao L!.

O uso de vídeos motivacionais é praxe na Seleção. Antes da partida de vida ou morte com a França, ainda pela primeira fase, a estratégia da comissão técnica, por ideia do psicólogo Gilberto Gaertner, foi mostrar um trecho do filme “Um Domingo qualquer”, como revelado pelo L!. Ele mostrava um time de futebol americano em crise após várias derrotas, com a importância de conquistar jarda a jarda, a cada jogada, para sair daquela situação ruim. No caso do vôlei, o time vinha de tropeços diante de Itália e EUA, correndo risco de eliminação.

– A gente sempre passa uns vídeos que tocam realmente os atletas em algumas situações específicas de batalha, de não deixar tomarem o que é nosso – disse Fiapo.

E o que mostrar antes da final?

– A decisão olímpica de 2004 – sugere Chamecki.

Resultado daquele jogo: Brasil 3 x 1 Itália. Bem apropriado!

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