O melhor do dia 6: Phelps ‘destrói’ rivais, Mayra de bronze, derrota no vôlei e o doping chega ao Rio

Quinta-feira também tem a volta do golfe após 112 anos de ausência e a primeira medalha, já dourada, de um pequeno país formado por ilhas 

Mayra Aguiar sorri com a medalha de bronze recebida na categoria até 78 kg
TOSHIFUMI KITAMURA / AFP

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Michael Phelps, Ryan Lochte e Thiago Pereira disputaram a final dos 200 m medley em 2004, em Atenas. Em Pequim-2008, lá estavam eles novamente. Londres? Sim, os três nadaram a decisão da prova. Em um esporte em que chegar aos 30 anos (os três já chegaram) significa, usualmente, não estar mais entre os candidatos ao ouro, é histórico que os três, novamente, tenham pulado na mesma piscina na noite desta quinta, no Rio, para mais uma decisão dos 200 m medley. O final, porém, foi surpreendente por todo o contexto. 

O primeiro lugar foi, pela quarta vez seguida, de Michael Phelps. Que fez questão de mostrar isso ao levantar e balançar quatro dedos após tocar a raia.  Mas quem tocou a parede em seguida não foi Lochte e nem Pereira. Estes, que se mantiveram até os 40 m, 30 m finais no trio de frente, ficaram para trás. A nova geração chegou. O japonês Kosuke Hagino passou e levou a prata. O chinês Shun Wang foi bronze. Pereira? Caiu pra sétimo. Lochte? Quinto. Dizem que você pode perder a batalha, mas ganhar a guerra. Phelps ganhou as batalhas, a guerra e, se há algo além, também venceu.

A festa de ouro para o bronze
Mayra Aguiar era favorita a, no mínimo, chegar à final da categoria até 78 kg do judô - lá, era esperado o duelo com a americana Kyla Harrison, sua rival de anos e anos. Harrison chegou e foi ouro, mas Mayra perdeu por punição na semi. Sem problema: ganhou a luta do bronze, repetindo a cor da medalha que levou em 2012, e celebrou no pódio como se fosse ouro.

Foi engraçado ver as quatro atletas em cima do pódio na premiação. Mayra sorria e vibrava até mais do que a campeã Kayla Harrison. Enquanto isso, Audrey Tcheumeo, que terminou com a prata (e que derrotou Mayra), só foi soltar um sorriso mais sincero enquanto posava para as fotos.

Aos 25 anos, Mayra se tornou a primeira mulher do Brasil a conquistar duas medalhas em esportes individuais. No judô, só Aurélio Miguel, Leandro Guilheiro e Tiago Camilo haviam conquistado duas láureas olímpicos.

Mayra Aguiar - Judô
Mayra Aguiar brinca no pódio (Foto: Ari Ferreira/Lancepress!)

112 anos depois...
Um esporte voltou a ser disputado em Jogos Olímpicos nesta quinta após 112 anos de espera. O golfe saiu do "limbo" em que estava desde 1904, nos Jogos de Saint Louis-EUA. e com um toque brasileiro: Adilson da Silva foi o responsável pela primeira tacada da modalidade no Rio, sob olhares de uma pequena torcida que não lotava a também nada grande arquibancada.

Doping
​Demorou seis dias, mas os primeiros casos de doping foram registrados nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A nadadora chinesa Chen Xinyi e a corredora búlgara Silvia Danekova foram flagradas em exames antidoping e serão julgadas pelo Tribunal Arbitral o Esporte. As informações são do jornal "O Estado de SP".

O rugby é de Fiji
As Ilhas Fiji nunca haviam visto uma medalha de perto - de qualquer cor. Mas o rugby voltou aos Jogos em 2016, após 92 anos. E, com ele, veio a medalha. E, com ele, logo de ouro. Fii passeou no torneio olímpico com seus gigantes - que, na hora e receber as medalhas, ajoelharam no pódio. 

A final parou o país: o comércio fechou e um telão foi colocado no principal estádio de Fiji, na capital Suva.  Valeu a pena.

Fiji rugby
FEROZ KHALIL / AFP

Simones
​De tarde, Simone Biles. A americana, que já havia liderado as classificatórias e ganhado o ouro por equipes, fez o que dela se esperava: história. Foi a melhor em três dos quatro aparelhos da final individual geral e levou o ouro tranquilamente.

De noite, Simone Manuel. Superando Cate Campbell, que havia batido o recorde olímpico nas eliminatórias e nas semifinais dos 100 m livres (acabou a final em 6°), se tornou a primeira nadadora negra a conquistar um ouro em Jogos - empatou na decisão com a canadense Penny Oleksiak. Ambas Simone, ambas negras. Simbólico para os EUA.

Bellucci e Nadal
Thomaz Bellucci esteve a um game de cair para David Goffin. Quebrou o belga quando este sacava para ganhar o 1° game do duelo pelas oitavas de final e, a partir de então, empolgou: fez 7-5 e 6-4 e está nas quartas de final. Lá, já na sexta-feira, enfrenta Rafael Nadal, que até "se poupou" nesta quinta para encarar o brasileiro: desistiu da chave de duplas mistas. Mas não sem antes, é claro, bater Gilles Simon nas simples e, ao lado de Marc Lopez, se classificar para a final de duplas. Nas duplas mistas que m venceu foi o Brasil: Marcelo Melo e Teliana Pereira avançaram para as quartas de final.

Vôlei ressuscita rival
Os EUA haviam perdido os dois jogos anteriores. Mas o Brasil não conseguiu afundar de vez um dos favoritos ao ouro. Perdeu por 3 sets a 1 em um Maracanãzinho lotado e "ressuscitou" o rival.

Esportes coletivos
O handebol brasileiro conseguiu uma vitória histórica no masculino: até ao começo dos Jogos, o time nunca havia derrotado um europeu; agora, já bateu dois. Nesta quinta, derrotou a potência Alemanha, de virada e em jogo empolgante, para encaminhar vaga nas quartas. No basquete, uma derrota que complica a vida do time masculino, para a Croácia, e uma que eliminou o time feminino, para a França. No vôlei de praia, Larissa e Talita passearam e garantiram liderança do grupo; enquanto Evandro e Pedro se salvaram da eliminação com vitória sobre dupla da Letônia.

Medalhas
​A Eslováquia levou o ouro na canoagem slalom C2 masculina. No caiaque individual feminino, deu Espanha. No ciclismo em velocidade por equipe masculino, deu Grã-Bretanha. Na espada por equipes na esgrima feminina, o ouro foi romeno. A República Tcheca levou o ouro no judô masculino até 100 kg. No feminino até 78 kg, deu EUA. Na natação, os 200m peito fem. teve ouro para o Japão; nos 200 m costas masc., deu EUA. A China levou o ouro no tênis de mesa individual masculino.

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