O Dia Olímpico: ‘Me senti brasileiro, e fiquei feliz que Nenê também pôde’

Depois das vaias em amistoso da pré-temporada da NBA em 2013, em arena que hoje faz parte do Parque Olímpico, pivô foi um dos mais festejados pela torcida contra a Lituânia

Nenê em ação contra a Lituânia
(Foto: Ari Ferreira/Lancepress!)

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Apesar de escrever sobre basquete desde 2009, nunca tinha participado da cobertura in loco da Seleção Brasileira em um grande evento até esse domingo,
quando vi a derrota por 82 a 76 para a Lituânia na Arena Carioca 1, em jogo que marcou a estreia dos comandados de Rubén Magnano na Olimpíada do Rio de Janeiro. Por isso, foi impossível não se emocionar durante a execução do hino nacional e com a postura da torcida, que não parou de apoiar do início ao fim. Também foi impossível não ficar feliz por Nenê, que finalmente pôde se sentir acolhido jogando em seu país.

Em 2013, quando veio com o Washington Wizards para a HSBC Arena – utilizada para a ginástica olímpica durante a Olimpíada do Rio de Janeiro – Nenê foi vaiado pela torcida brasileira durante a derrota por 83 a 81 para Chicago Bulls, em amistoso da pré-temporada da NBA. Provavelmente, resultado das vezes que o pivô recusou convocações para a Seleção.

Nenê nunca foi marqueteiro – nem dentro nem fora das quadras. Quando está em ação, não se incomoda de perder um rebote para bloquear o homem que está marcando, e nem de passar a bola para um companheiro melhor posicionado em vez de arremessar. Joga para vencer, e não para acumular números.

Fora das quadras, Nenê gerencia sua carreira sem a presença de assessores de imprensa. Por isso, grande parte da torcida que o vaiou na HSBC Arena há três anos provavelmente não sabe que a maioria de suas recusas se deveu a batalhas contra uma fascite plantar e contra um câncer nos testículos.

Nesse domingo, no entanto, a postura da torcida foi outra. Nenê foi um dos jogadores mais ovacionados durante a apresentação da Seleção Brasileira, ao lado de Marcelinho Huertas e Leandrinho.

Rubén Magnano fez quatro mudanças em relação ao time que começou como titular no intervalo, e Nenê começou o terceiro período no banco. O pivô foi acionado na reta final do quarto, quando Cristiano Felício fez sua quarta falta, e a substituição foi a mais festejada pela torcida durante o jogo.

Apesar da derrota, Nenê foi um dos destaques da reação brasileira. Foi o líder da Seleção em rebotes, com oito, e ainda contribuiu com 11 pontos e duas assistências em 29:49 minutos.

Durante a execução do hino nacional na Arena Carioca 1, eu me senti brasileiro pela primeira vez na vida em um jogo da Seleção. E fico feliz por Nenê poder sentir o mesmo.

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