Cielo nada no Rio para confirmar ‘vibe’ diferente e afastar desconfiança

Maior astro da natação brasileira encara o primeiro grande teste no Troféu Maria Lenk, nos 100m livre. Sem nenhum índice para os Jogos, ele tentará provar que deixou 2015 para trás<br>

Cielo treina nos Estados Unidos
Cesar Cielo se mudou para Phoenix, nos Estados Unidos, em busca de foco visando aos Jogos do Rio (Foto: Divulgação)

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No Troféu Maria Lenk deste ano, que serve como evento-teste e última seletiva do Brasil para os Jogos Olímpicos Rio-2016, só se fala em Cesar Cielo.

Um dos momentos esperados em torno do maior atleta da história da natação brasileira acontece nesta segunda-feira, na disputa dos 100m livre, no Estádio Aquático do Parque Olímpico, no Rio de Janeiro. As eliminatórios começam às 9h30, e as finais, às 17h30.

A prova não é bem a prioridade do paulista de 29 anos, campeão olímpico em Pequim-2008 e tricampeão mundial nos 50m livre (2009, 2011 e 2013). Ele só nadará sua especialidade na quarta-feira.

Mesmo assim, o momento é mais do que oportuno para o astro demonstrar se pode brigar em alto nível na Olimpíada. Nos últimos anos, a carreira dele tem sido vista sob fortes desconfianças, devido a lesões, mudanças de foco na vida pessoal e seis trocas de treinadores.

No ano passado, o atleta teve uma frustração no Mundial de Kazan (RUS). Ele reclamou de dores no tendão supra espinhoso do ombro esquerdo, após ficar em sexto nos 50m livre, e abandonou a disputa.

Na primeira seletiva olímpica, disputada em Palhoça (SC), em dezembro, ficou fora da final dos 100m livre e novamente se despediu precocemente. Nem sequer tentou índice nos 50m livre.

Se na vida profissional 2015 foi um ano para esquecer, no âmbito privado o nadador ganhou um presente: no dia 21 de setembro, nasceu Thomas, fruto do casamento com a modelo Kelly Gisch. Novas responsabilidades surgiram.

A virada para 2016 veio com a substituição do técnico Arílson Silva pelo americano Scott Goodrich e a mudança para Phoenix, nos Estados Unidos. O isolamento era uma forma de tentar recuperar o foco. No Rio, não concedeu entrevistas coletivas.

Presente na disputa dos 100m livre, o nadador paralímpico André Brasil, amigo de Cielo, esteve há um mês em Phoenix após um período de treinos. Ele passou um dia com o astro e gostou do que viu.

– Ele está feliz. Fazia um bom tempo que eu não o via tão contente. Está em uma 'vibe' diferente, sorridente com os amigos e a família. Então, tudo conspira a favor dele. Não duvido do meu amigo – disse André, ao LANCE!.

Para ir aos Jogos Olímpicos pela terceira vez, Cielo precisa não somente bater os índices de 22s27, nos 50m livre, e 48s99, nos 100m livre, mas também ficar entre os dois mais bem colocados do país nas seletivas. 

Até o momento, Nicolas Oliveira (48s41) e Matheus Santana (48s71) estão com a vaga nos 100m livre. Já nos 50m livre, os classificados hoje seriam Bruno Fratus (21s50) e Ítalo Duarte (22s08).

O objetivo de Cielo na primeira é, sobretudo, garantir presença no revezamento 4x100m livre do Brasil. Ele precisa ficar entre os seis melhores.

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