Baía suja ‘não vai comprometer as provas de vela’, diz Robert Scheidt

Bicampeão olímpico pondera falta de solução para problema, mas não vê estado atual da água como obstáculo para uma competição olímpica de alto nível

Robert Scheidt conversou com a imprensa nesta quinta-feira (Foto: Igor Siqueira)
Robert Scheidt conversou com a imprensa nesta quinta-feira (Foto: Igor Siqueira)

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Com a experiência de quem vai chegar à sexta edição de Jogos Olímpicos, tendo velejado pelas águas de todos os cantos do mundo, Robert Scheidt prefere não fazer alarde em relação à situação da Baía de Guanabara, que receberá a disputa olímpica da Vela. Na visão dele, tendo como base treinamentos e competições nas águas do Rio, não haverá interferência na disputa.

Robert foi indagado sobre o tema ao conversar com a imprensa nesta quinta-feira, na Escola de Educação Física do Exército, na Urca, tendo como gancho a frequente crítica da imprensa internacional.

- Eles (veículos estrangeiros) vão continuar falando disso até o final. Mas o aspecto técnico, que é o mais preocupante para o velejador, o detrito que está ali flutuando, não estamos tendo esse problema. Estamos competindo e treinando em boas condições. Não vai ter o legado da Baía limpa como foi prometido, mas não vai comprometer as provas de vela. O lixo deve ser coletado, mesmo que mude o vento e chova - disse o velejador, sem esquecer da falta de legado ambiental e ainda emendando:

- Os Ecoboats vão estar trabalhando a todo o vapor. Treinei aqui 10 dias atrás. Não vou dizer que estava perfeito, mas estava muito melhor do que a Baía sempre esteve. Houve uma melhora. É um bom sinal. Sempre dá para melhorar, claro. Mas é o trabalho deles. O nosso é ir para água e velejar.

Dono de cinco medalhas olímpicas, sendo duas de ouro justamente na classe Laser, na qual volta a competir na Rio-2016, Robert Scheidt tem confiança na própria capacidade, apesar de já estar com 43 anos.

- A concorrência é muito forte. Na classe Laser, temos 10, 15 atletas com chance. Velejar no teu país dá confiança, mas as outras equipes estão treinando aqui há tempo. Acredito nas minhas chances. Quero brigar por medalha. Não quero pensar em idade - completou o velejador, campeão olímpico em Atlanta-1996 e Atenas-2004.

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