Atletismo brasileiro já está em ‘fuso olímpico’ para a Rio-2016. Entenda

Trabalho de adaptação dos velocistas às provas da noite é um dos desafios até agosto

Rosângela Santos
Rosângela Santos  é uma das atletas com índice individual para a Olimpíada do Rio (Foto: OLIVIER MORIN/AFP)

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Um dos desafios do carioca Carlos Cavalheiro, de 60 anos, como treinador-chefe da equipe brasileira de atletismo nas provas de velocidade e revezamentos é adaptar os atletas a uma novidade dos Jogos Olímpicos Rio-2016.

Como haverá finais à noite, com desfecho adentrando as madrugadas, o corpo dos velocistas precisa de tempo para se acostumar às mudanças. O horário atende aos interesses da NBC, rede de televisão americana que detém os direitos de transmissão do evento.

– Temos treinado de 20h30 à meia-noite, com o refletor ligado e a sistemática dos Jogos. Tem atleta que vai correr às 23h, pegar o ônibus à 0h30, tomar banho, comer... Aí, já deu 1h30. No dia seguinte, acordará às 6h para estar às 10h na pista – disse Cavalheiro ao LANCE!.

Ele explica que, em geral, os brasileiros estão habituados a atingir o ápice de desempenho por volta das 18h. Por isso, o COB já conta com os serviços do Dr. Marco Túlio de Mello, do Instituto do Sono.

O objetivo é utilizar materiais à noite para retardar o horário de pico dos atletas, de acordo com os horários da Olimpíada. Natação e vôlei de praia também terão eventos de madrugada nos Jogos.

– Mesmo quem não vai treinar em um dia tem de estar sentado aqui, ao lado da pista – explicou Cavalheiro.

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