Após problemas com doping, dirigente vê russos longe da Rio-2016 no atletismo

Segundo presidente de comissão independente da Wada, dirigentes do país não têm tomado as medidas necessárias para controlar o uso de substâncias proibidas

Dick Pound em evento do Comitê Olímpico Internacional (Foto: AP)
Dick Pound preside a comissão independente da Wada (Foto: AP)

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A situação do atletismo russo e a participação dos atletas da modalidade nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto, estão cada vez mais complicadas. Isso porque, o presidente da comissão independente da Agência Mundial Antidoping (Wada), Dick Pound, não tem visto iniciativas das autoridades do país para resolver os problemas de doping.

- Parece haver alguns indícios de que eles estão simplesmente mudando as cadeiras no Titanic - afirmou o dirigente durante uma conferência mundial sobre doping, em Londres, na Inglaterra.

Por conta do excessivo número de casos de doping com seus atletas, a Rússia foi banida das competições de atletismo no ano passado. A comissão independente da Wada viu indícios de que haveria a participação do governo russo para encobrir tais problemas, além de casos de corrupção. A punição só seria revertida se medidas fossem tomadas para combater o uso de substâncias proibidas. No entanto, até agora, as autoridades não se mostraram satisfeitas.

Vale lembrar que com tal punição, os competidores do país não podem participar da Olimpíada do Rio de Janeiro.

- Meu palpite é que Rússia pode não reagir a tempo para ir ao Rio. A Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf) e a Wada não irão arriscar suas reputações rolando e se fingindo de mortas - declarou Pound.

No último fim de semana, o canal alemão ARD divulgou uma matéria mostrando novos problemas no sistema antidoping da Rússia. Segundo a reportagem, técnicos russos suspensos ainda atuariam na modalidade, enquanto outros continuariam a fornecer substâncias proibidas aos atletas.

- Na época dissemos a eles que, se parassem de se queixar do relatório, teriam uma chance. Se o progresso que fizeram basta? Não acho que eles estejam dedicando todo seu tempo e sua energia a chegarem onde precisam - afirmou Pound.

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