Após e-mail, brasileiro mostra potencial e fica perto da Rio-2016 no rúgbi

Na Argentina desde os dois anos de idade, Stefano Giantorno ganha espaço na Seleção depois de enviar seu currículo para a confederação pelo correio eletrônico

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Stefano Giantorno tem atuado nas equipes de seven e 15 (Foto: João Neto/Fotojump)

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O que fazer para conseguir uma convocação para a seleção de seu país? Jogar bem em sua modalidade, obviamente, é crucial. Mas Stefano Giantorno fez algo a mais. E com um e-mail enviado à Confederação Brasileira de Rúgbi (CBRu), o carioca se colocou à disposição e passou a ser um nome constante nas listas para as partidas do Brasil nas equipes de seven (olímpica) e 15 (tradicional).

Apesar do nome italiano, Giantorno é brasileiro. Mas a maior ligação com o país natal tem sido realmente relacionada ao esporte. Afinal, logo aos dois anos de idade (atualmente, está com 24), ele se mudou para a Argentina, a pátria de seu pai. E foi nos campos de rúgbi da nação vizinha que ele ganhou destaque. Nos últimos anos, o jogador defendeu o San Luis, com quem atualmente está em período de transição.

Longe dos clubes brasileiros e com vontade de defender a Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos deste ano, no Rio de Janeiro, o atleta só viu uma alternativa para alcançar tal objetivo. E ela veio por meio de uma mensagem eletrônica.

– Eu enviei um e-mail para a CBRu com a minha história no rúgbi e os melhores momentos como atleta, em busca de uma oportunidade de jogar pela Seleção. Em poucos dias, o técnico e o staff me retornaram e, quando me dei conta, já estava no Brasil fazendo testes para os Tupis – explicou o jogador ao site do LANCE!.

Além de levá-lo para a Argentina, o pai de Giantorno tem outra influência na vida do filho. Foi por causa dele, um ex-jogador, que o brasileiro passou a se interessar pelo rúgbi.

– Minha família adora rúgbi. Meu pai jogou toda a sua vida pelo San Luis, e meu irmão também. Comecei a praticar aos cinco anos de idade e não parei até hoje – afirmou.

Atualmente, Giantorno defende a Seleção em jogos de seven e de 15. Na modalidade olímpica, foi o único a atuar fora do país a ter uma oportunidade nas últimas convocações.

– Espero ter uma carreira duradoura e ajudar o Brasil a conquistar nossos objetivos – disse o atleta.

A primeira meta é a Rio-2016. E que a história que começou com um e-mail tenha novos capítulos. Agora, dentro dos gramados de rúgbi.

CONFIRA UM BATE-BOLA COM STEFANO GIANTORNO

Você é o único que atua fora do país a aparecer nas últimas convocações da Seleção olímpica. Como é isso para você?
Stefano Giantorno:
Estou muito grato pela oportunidade que foi me dada pela CBRu. No meu primeiro período de treinos, tive de me adaptar ao novo estilo e ao plano de jogo que o Brasil tem, mas agora eu estou acostumado e indo muito bem.

Quanto o fato de jogar fora do país ajuda na Seleção Brasileira? E por que quis defender o Brasil?
SG: Isso ajuda bastante. O rúgbi na Argentina é muito bom e de alto nível, o que me auxilia a aprimorar meu jogo e me tornar o melhor jogador possível. Minha escolha de jogar pelo Brasil foi por conta da oportunidade que me ofereceram de atuar pela Seleção e defender o país em que nasci.

Qual é a sua expectativa para os Jogos Olímpicos deste ano?
SG: O Brasil está jogando muito bem, estamos mostrando isso nos torneios. Temos a Olimpíada em mente e estamos trabalhando duro para chegarmos ao nível dos melhores.

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