Americanas jogam semifinal para provar que são o Time dos Sonhos

Apelido dado para a seleção masculina dos Estados Unidos em 1992 cabe mais para a feminina na Olimpíada do Rio de Janeiro. França pode ser a próxima vítima da equipe

EUA x Japão - Basquete
(Foto: Garrett Ellwood/AFP)

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Se a seleção americana masculina de basquete recebeu o apelido de Dream Team (Time dos Sonhos, em português) nos Jogos de Barcelona, em 1992, na Olimpíada do Rio de Janeiro a feminina tem merecido bem mais a alcunha. Nesta quinta-feira, às 19h, na Arena Carioca 1, as mulheres dos Estados Unidos colocam seu domínio à prova contra a França, pela semifinal do torneio.

A campanha das americanas no Rio é irretocável até aqui. A vitória mais apertada da seleção foi por 26 pontos de diferença. Na primeira fase, as vítimas dos Estados Unidos foram Senegal (121 a 56), Espanha (103 a 63), Sérvia (110 a 84), Canadá (81 a 51) e China (105 a 62). Nas quartas de final, mais um atropelamento, dessa vez sobre o Japão (110 a 64).

Como base de comparação, a seleção masculina passou longe de sobrar na primeira fase da Olimpíada. Depois de vitórias tranquilas sobre as eliminadas China (119 a 62) e Venezuela (113 a 69), os americanos tiveram dificuldades para vencer Austrália (98 a 88), Sérvia (94 a 91) e França (100 a 97), que também garantiram vaga nas quartas de final

Tamika Catchings: "Não acredito que um dia as jogadoras americanas vão negar convocações para a seleção. Para nós, é muito legal estar aqui e poder disputar os Jogos Olímpicos"

O desempenho fez com que as coletivas da seleção masculina fossem ficando mais tensas ao longo da primeira fase. Após a vitória sobre Les Bleus – que complicaram o jogo mesmo poupando Tony Parker, seu maior astro –, o técnico Mike Krzyzewski chegou a discutir com jornalistas americanos em coletiva.

O maior domínio da seleção feminina passa pela qualidade do material humano disponível. Com todas as pré-convocadas à disposição, o treinador Geno Auriemma se deu ao trabalho de cortar jogadoras como Candace Parker – bicampeã olímpica e duas vezes MVP da WNBA – e Skylar Diggins – duas vezes All-Star da WNBA e agenciada pela empresa que cuida de Kevin Durant.

Já o masculino, entre lesões e pedidos de dispensa, veio ao Rio de Janeiro sem Stephen Curry, LeBron James, Chris Paul, Russell Westbrook, Kawhi Leonard, Anthony Davis e Blake Griffin.

Por isso, a seleção americana masculina está longe de ser a dos sonhos. Enquanto isso, a feminina dará mais um passo nesta quarta-feira para provar que é. Pior para a França...

NÚMEROS

204
Saldo de pontos das americanas na primeira fase da Olimpíada do Rio de Janeiro.

117
Saldo de pontos dos americanos na primeira fase da Olimpíada do Rio de Janeiro.

BIRD É DÚVIDA PARA A SEMIFINAL

Depois de deixar o jogo contra o Japão, disputado na terça-feira e válido pelas quartas de final da Olimpíada, com dores no joelho direito, Sue Bird, armadora da seleção americana feminina de basquete, passou por uma ressonância magnética que não constatou lesões graves. Mesmo assim, a jogadora é dúvida para o duelo com a França.

Os exames detectaram somente uma entorse leve, e Bird será avaliada diariamente até poder ser liberada pelos médicos da seleção.

– Obviamente eu me senti muito aliviada. A parte mais difícil é esperar sem saber de nada. Por isso, ter finalmente o aviso dos médicos de que está tudo bem me trouxe um equilíbrio incrível e muita animação, então obviamente estou muito feliz – afirmou Bird, por meio de um comunicado de imprensa do USA Basketball, que funciona como confederação americana de basquete.

Com média de 21,6 minutos por exibição na primeira fase, Bird passou somente oito em quadra contra o Japão antes de sentir dores e deixar a partida. Até aqui, a armadora tem médias de 3,8 pontos e cinco assistências por partida na Olimpíada.

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