Verdão vota mudanças no estatuto e ‘derrotas’ de Mustafá surpreendem

Conselho Deliberativo rejeitou propostas defendidas pelo ex-presidente na noite desta terça-feira. Galiotte recebeu aplausos ao apresentar dados financeiros do clube

Mauricio Galiotte - Palmeiras
Maurício Galiotte foi aplaudido durante reunião nesta terça-feira - FOTO: Cesar Greco

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Um pacote de mudanças no estatuto do Palmeiras foi votado na noite desta terça-feira, em reunião realizada na sede social do clube. Sempre influente entre os conselheiros, o ex-presidente Mustafá Contursi sofreu derrotas surpreendentes.

Mustafá defendia que os candidatos a presidente e vices passassem a apresentar candidaturas individuais, e não mais unificadas em chapas. Essa proposta foi rejeitada.

A diminuição de quatro para dois vice-presidentes também não foi aprovada pelos conselheiros. Isso significa que o processo eleitoral continua como está: ao votarem em um candidato à presidência, os sócios do clube automaticamente votam nos quatro candidatos a vices de sua chapa.

Outra questão defendida por Mustafá Contursi era a criação imediata de uma sala de troféus no clube social, proposta que também não foi aprovada. Com isso, o Palmeiras segue aguardando a inauguração do memorial prometido pela WTorre no Allianz Parque, algo que ainda não tem data para acontecer.

Conselheiros que fazem oposição a Mustafá Contursi acreditam que o fato de ele estar envolvido em investigação conduzida pelo Ministério Público de São Paulo para apurar crime de cambismo pesou para reduzir sua força.

Por outro lado, Mustafá é apontado como principal responsável pela ausência de duas propostas importantes na pauta desta primeira reunião: a diminuição no número limite de conselheiros vitalícios, de 148 para 100, e a redução das diretorias estatutárias para nove - hoje são 26. A aprovação dessas mudanças empurraria ainda mais o clube para o caminho da profissionalização.

Outras propostas devem ser votadas em reuniões futuras. Uma delas, por exemplo, é o aumento do mandato do presidente de dois para três anos, com possibilidade de uma reeleição - Mustafá prefere que fique como está, com dois anos de mandato e uma reeleição.

Entre as alterações aprovadas nesta terça-feira, uma das mais relevantes é a diminuição do número de pessoas por chapa nas eleições para conselheiros: de 91 para 60. Neste caso, os votos dos sócios vão diretamente para o candidato escolhido.

Os itens aprovados pelo Conselho Deliberativo só valerão se forem confirmados pelos sócios em assembleia geral, com data a ser definida.

A reunião no clube também foi marcada por aplausos para o presidente Maurício Galiotte após a apresentação do resultado financeiro do clube no ano.

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