Verdão se divide entre críticas e desânimo após tropeço e tenta reagir

Revés para a Ferroviária, encarado pela diretoria como o primeiro grande tropeço do ano, fez jogadores falarem grosso sobre problemas do time e técnico se mostrar sem rumo

HOME - Palmeiras x Ferroviária - Campeonato Paulista - Marcelo Oliveira (Foto: Marco Galvão/Fotoarena/LANCE!Press)
Técnico deixou transparecer desânimo após o jogo de domingo (Foto: Marco Galvão/Fotoarena/LANCE!Press)

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A derrota por 2 a 1 para a Ferroviária, no último domingo, minou de vez a confiança do Palmeiras. Enquanto jogadores fizeram fortes críticas ao desempenho do time, o técnico Marcelo Oliveira deixou transparecer um certo desânimo ao dizer que não sabe explicar a inconstância do Verdão neste início de temporada. Melhorar o astral é uma das missões do clube antes do importante jogo contra o Rosario Central (ARG), quinta, pela Libertadores.

Ao compararem os dois times, Dudu e Rafael Marques fizeram grandes elogios à Ferroviária comandada pelo português Sérgio Vieira, em frases que acabaram soando como críticas ao trabalho da comissão técnica palmeirense, até então defendida de forma ferrenha por todos os jogadores.

- Você pega um time bem treinado, é complicado. Parece que a Ferroviária é o Palmeiras e o Palmeiras é a Ferroviária. Ninguém toma uma atitude, ninguém tira o time de trás - disparou Dudu, na saída do gramado.

- Tem que melhorar. A Ferroviária é uma equipe bem arrumadinha, trabalha bem a bola. Fizeram o que a gente não estava fazendo - emendou Rafael Marques.

Já Marcelo, além de dizer que o rival foi superior durante todo o jogo, não encontrou motivos para a grande queda de rendimento em relação à vitória por 4 a 1 sobre o XV de Piracicaba, no jogo anterior, em jogo que parecia dar início à retomada de confiança.

– Acreditamos no elenco, não tem ambiente ruim, os jogadores estão comprometidos, até os que treinam separado. É questão de ajuste, parte tática, e isso compete ao técnico também. Não fizemos dois jogos seguidos da mesma forma. No último (vitória por 4 a 1 sobre o XV) marcamos melhor, criamos jogadas, e hoje novamente eu não tenho resposta (para a inconstância). Se tivesse resposta exata, resolveria rapidamente. O que temos é confiança e bom ambiente para que isso possa mudar rapidamente – declarou o técnico.

Marcelo estará no banco na quinta-feira. A visão no clube é de que o ano ainda tem pouco tempo para que se decida demitir um técnico. Há, também, um receio quanto às opções disponíveis no mercado para uma eventual troca de comando.

É fato, porém, que o início de temporada irregular colocou Marcelo Oliveira sob risco. Se a diretoria perceber durante esta semana que o trabalho segue sem surtir efeito, uma derrota diante do Rosario pode culminar na saída do técnico campeão da Copa do Brasil.

Os atletas sabem que também têm culpa na má fase. Após a derrota de domingo, houve uma reunião no vestiário em que as soluções para sair da crise foram debatidas. Nessa segunda, a preparação para o jogo contra o Rosario começou com a exibição do vídeo da derrota, em conversa que teve as presenças de Marcelo Oliveira, do gerente Cícero Souza e do diretor Alexandre Mattos. Nesta terça, o treinamento na Academia de Futebol será realizado a portas fechadas.

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