Thiago Martins se diz pronto para volta ao Verdão, mas não sabe se fica

Após período de empréstimo ao Bahia para ganhar ritmo de jogo, zagueiro espera se reapresentar ao Palmeiras no dia 3 e diz que tem condições de brigar por vaga

Thiago Martins comemora gol contra o Grêmio, na Copa do Brasil de 2016
Cesar Greco/Palmeiras

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Era setembro de 2017,  o zagueiro Thiago Martins, recém-recuperado de cirurgia no joelho esquerdo, chamou o técnico Cuca e o gerente Cícero Souza para uma conversa. Perguntou a eles sobre a possibilidade de aceitar o convite do Bahia, ganhar ritmo de jogo nos meses finais do ano e retornar ao Palmeiras em janeiro. Foi emprestado, ganhou ritmo de jogo (11 jogos, seis como titular) e agora espera concretizar o plano de retornar e ser aproveitado no Verdão.

- Quando surgiu a oportunidade de ir para o Bahia, fui falar com o Cícero e com o Cuca. Eles me apoiaram, falaram para eu ir, e isso foi o que me deixou mais tranquilo. Faltavam umas 15 rodadas para acabar o Brasileiro e eu falei para eles: "Vou para lá, jogo e volto para cá". O pensamento quando a gente sai para empréstimo é esse: ir, jogar bem e voltar. Foi isso que eu fiz. Dei o meu melhor e estou bem. Se eles falarem para ficar, vou ficar muito feliz e continuarei trilhando uma história bonita - disse o jovem de 22 anos, ao LANCE!.

Por enquanto, Thiago Martins tem apresentação marcada para o dia 3 de janeiro, na Academia de Futebol, junto com todo o elenco. Mas o clube tem oito zagueiros à disposição neste momento (Edu Dracena, Mina, Luan, Juninho, Antônio Carlos, Emerson Santos e Pedrão, além de Thiago) e pretende trabalhar com seis ou sete, o que abre a possibilidade de negociação para um ou dois.

- Por enquanto, dia 3 me apresento no Palmeiras. Deixei com meus empresários. Estou de férias, quero dar uma descansada. Pedi para eles verem. Por enquanto, nada certo - contou o defensor.

Thiago Martins rompeu o ligamento cruzado do joelho esquerdo em março, durante um jogo-treino na Academia de Futebol. Ele vinha de sua melhor temporada pelo clube: fez 31 jogos ao longo de 2016, incluindo alguns decisivos na reta final do Brasileirão. Essa fase de recomeço no clube não é uma novidade para ele, que sofreu uma lesão grave no joelho direito em 2014 e foi emprestado ao Paysandu em 2015 antes de retornar.

Leia a entrevista completa com Thiago Martins:

LANCE!: Você se vê preparado para permanecer no Palmeiras e brigar por posição?
Thiago Martins:
Com certeza estou preparado. Agora já tenho ritmo de jogo, senti que está tudo bem, e espero disputar posição, sabendo que a concorrência sempre vai ser grande. Vou dar o meu melhor.

O que sabe sobre o trabalho do Roger Machado?

Já vi que é um excelente treinador, que montou bons times. Tenho certeza que vai chegar e ajudar o Palmeiras, vai dar certo. Mesmo sem saber se vou ficar, torço para que dê tudo certo e ele consiga fazer um belíssimo trabalho.

Se você ficar, o que traz na bagagem após a passagem pelo Bahia?

Trago muita disposição. Desde quando fui para o Paysandu, tenho o lema de trabalhar firme para voltar e dar o melhor no Palmeiras. Fiz isso no Paysandu, voltei para o Palmeiras, e agora fiz no Bahia. Pretendo voltar com a cabeça boa, sem ficar ansioso. No Palmeiras, a gente sabe da concorrência, então temos que estar bem para poder ajudar.

Foi essa concorrência que te fez aceitar o convite do Bahia?
Eu teria mais dificuldade para entrar e jogar. Isso que me fez ir para o Bahia. Voltando de lesão, é sempre bom você conquistar a confiança, ver que o joelho está 100%, que não tem mais problema nenhum. O Palmeiras me recuperou, me deixou 100%, e o Bahia me deu essa confiança de jogar, estar em campo. No Palmeiras, vi que todos os zagueiros tiveram chances, e fica o gostinho de que eu também poderia ter jogado. Mas não sei se jogaria tanto quanto no Bahia.

E qual foi o saldo da passagem por lá?

Foi o clube que me abriu as portas para voltar a atuar depois da lesão e agradeço muito a todos da comissão técnica, toda a galera do clube que me acolheu. Já conhecia bastante gente, e isso foi muito bom para a minha adaptação. Foi bom voltar a jogar, ter ritmo e ajudar o Bahia. Quando cheguei, o time não estava em uma situação tão confortável, mas depois conseguimos engrenar e faz uma boa campanha.

Você se encantou pela torcida?

A torcida do Bahia dispensa comentários, eles apoiam muito. Vão no estádio, fazem festa do lado de fora antes dos jogos... Como falei em entrevistas que dei lá na Bahia, eles eram o nosso 12º jogador, nos ajudaram muito. Em casa ou fora de casa, sempre compareceram, mesmo nos jogos longe de Salvador.

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