Sombra de Cuca ressurge, e Eduardo vai pressionado para jogo-chave

Técnico do Palmeiras é pressionado e terá o cargo ameaçado em caso de tropeço no Uruguai. Disposto a voltar a trabalhar em breve, Cuca ganha força para retornar

Eduardo Baptista ao lado de Mattos e Cícero Souza, homens fortes do futebol do Palmeiras
Cesar Greco/Palmeiras

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O jogo contra o Peñarol, às 21h45 desta quarta-feira, na arena Campeón del Siglo, em Montevidéu, tem importância fundamental para a sequência da temporada do Palmeiras. Se vencer, a equipe seguirá na liderança do Grupo 5 da Libertadores e ficará com a classificação encaminhada. Se perder, o já pressionado Eduardo Baptista terá o cargo ameaçado. E a sombra de Cuca tem crescido.

Publicamente, tanto o presidente Maurício Galiotte quanto os jogadores se colocaram ao lado do treinador após a eliminação para a Ponte Preta, no Campeonato Paulista. Mas pessoas ligadas à diretoria têm dito que, em caso de tropeço no Uruguai, Eduardo Baptista pode nem dirigir a equipe contra o Jorge Wilstermann (BOL), semana que vem, em Cochabamba. 

A péssima atuação em Campinas foi considerada inaceitável no clube e a cobrança é por reação imediata, porque derrotas para Peñarol e Wilstermann deixariam a classificação do Palmeiras para as oitavas de final em risco. Quem defende a troca de comando aponta que o clube demorou para trocar Marcelo Oliveira por Cuca em 2016 e acabou eliminado já na fase de grupos da competição continental. 

Eduardo tem 21 jogos no comando do Palmeiras, com 13 vitórias, 4 empates e 4 derrotas até aqui

Um outro fator considerado internamente é o calendário. Depois do jogo contra o Jorge Wilstermann, o Verdão só voltará a campo em 14 de maio, contra o Vasco, já pelo Brasileirão. Serão 11 dias livres. A visão é: se for para trocar de treinador, que seja antes desse período só de treinos, o que ajudaria muito no início de um novo comandante.

Mas quem seria este novo comandante? Mano Menezes e Dorival Júnior são bem avaliados pelo Palmeiras, mas dificilmente sairiam do Cruzeiro e do Santos neste momento. O nome mais forte é o de Cuca, campeão brasileiro em 2016, que não quis renovar contrato para dar mais atenção à família nos primeiros meses deste ano.

Há dois empecilhos para um possível retorno de Cuca em caso de demissão de Eduardo. O primeiro deles está praticamente resolvido: quem convive com o técnico diz que ele já resolveu o que precisava resolver com a família e está disposto a assumir um clube em breve. O segundo tem relação com o ambiente no dia a dia.

Apesar da ótima campanha do ano passado, Cuca acumulou algumas desavenças no Palmeiras. Há uma ala que não gostaria de vê-lo retornar. O que pesa a favor dele é o imenso respaldo da torcida, algo que Eduardo Baptista não tem. Cuca é praticamente unanimidade na arquibancada, e fontes ouvidas pela reportagem acreditam que isso vai pesar na decisão de Alexandre Mattos se a decisão for trocar de técnico.

É assim, praticamente proibido de perder, que Eduardo Baptista comandará o Verdão em Montevidéu nesta noite. Por outro lado, bons resultados contra Peñarol e Wilstermann diminuiriam a pressão, afastariam a sombra de Cuca e dariam tranquilidade para o técnico trabalhar nos 11 dias livres que virão.

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