Palmeiras faz críticas duras à decisão da Conmebol: ‘Beira o escárnio’

Em nota oficial, clube expressou sua revolta com a punição 'branda' aplicada ao Peñarol após a briga generalizada em Montevidéu, e pediu que entidade reveja a decisão

Felipe Melo revidou as provocações uruguaias com um soco
Palmeiras diz que Conmebol julgou as consequências, e não as causas da briga (foto: Reprodução L!TV)

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O Palmeiras não escondeu sua revolta com as punições aplicadas pela Conmebol após a briga generalizada no jogo contra o Peñarol, em Montevidéu, no mês passado. Indignado diante da pena "branda" aplicada ao adversário - um jogo com portões fechados e multa de 150 mil dólares - o clube alviverde divulgou uma nota com duras críticas à entidade sul-americana.

Punido com três jogos sem torcida como visitante, além de multa de 80 mil dólares, o Palmeiras disse que "beira o escárnio" a decisão da entidade. Fez duras críticas à segurança do estádio Campeón del Siglo, afirmou que os atletas palmeirenses foram "vítimas de uma emboscada" e garantiu que irá entrar com recursos judiciais para rever a decisão. Felipe Melo pegou seis jogos de gancho, enquanto que os uruguaios envolvidos levaram cinco cada.

Confira a nota do Palmeiras na íntegra:
Tendo em vista a definição e divulgação dos julgamentos da Conmebol sobre os incidentes relacionados à partida contra o Peñarol, a Sociedade Esportiva Palmeiras vem a público esclarecer que:

1 – O sentimento é de total indignação e revolta com a falta de critério adotada pela Conmebol em relação às punições aplicada para os dois clubes e seus atletas.

2 – Beira o escárnio o entendimento que o Peñarol, clube responsável pela segurança da partida e que não cumpriu com sua função, receba uma pena menor do que a do Palmeiras, cujo time e torcida foram vítimas de uma clara e evidente emboscada, além de outros crimes. Vale lembrar que, a despeito do clima tenso, a segurança feita no Allianz Parque por quase 600 profissionais foi capaz de zerar qualquer tipo de incidente no jogo de ida contra o Peñarol, ao contrário dos ínfimos e despreparados 60 seguranças particulares contratados pelo clube uruguaio para o jogo de volta.

3 – O Comitê Disciplinar da Conmebol, de maneira míope, preferiu apontar sua avaliação baseada nas consequências e não nas causas dos acontecimentos.

4 – O Palmeiras reitera o que tem afirmado desde o primeiro momento ainda no estádio em Montevidéu: o clube e seus jogadores são vítimas e não causadores dos incidentes após a partida. Provamos para a Conmebol, através de um vasto conjunto de vídeos, fotos e depoimentos, o que realmente aconteceu naquele jogo. Pelo resultado do julgamento, parece que critérios técnicos não foram levados em consideração, o que é completamente inadmissível e incoerente. É inaceitável que um atleta do Palmeiras seja punido por ter se defendido de uma tentativa clara de agressão e que sua torcida, que foi claramente acuada, agredida e alvo de manifestações racistas, seja impedida de acompanhar o time na competição.

5 – O Departamento Jurídico do Palmeiras está preparando recursos contestando as punições aplicadas ao jogador Felipe Melo e ao clube e os apresentará à Conmebol no início da própria semana.

6 – A Sociedade Esportiva Palmeiras vai buscar fazer justiça. O clube não admite outro posicionamento do Comitê Disciplinar da Conmebol que não seja a revisão de sua decisão e o julgamento do assunto levando em consideração apenas critérios técnicos.

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