Parado há 2 meses, Scarpa espera decisão judicial ‘a qualquer momento’

Caso está nas mãos da juíza, que não tem dia estabelecido para dar seu parecer. Estafe do jogador confia em vitória, mas ele já está parado há mais tempo do que imaginava

Gustavo Scarpa é apresentado no Palmeiras
Cesar Greco

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Faz dois meses que Gustavo Scarpa trabalhou pela última vez no Palmeiras. Ele treinou no dia 16 de março e estava relacionado para o jogo de ida contra o Novorizontino, pelas quartas de final do Paulistão, em Novo Horizonte, mas foi cortado da delegação depois que a CBF publicou sua rescisão no Boletim Informativo Diário (BID) e reativou seu vínculo com o Fluminense.

O jovem meia deixou a Academia de Futebol, onde estava morando provisoriamente, e voltou para a casa de sua família em Hortolândia, interior de São Paulo. Sua rotina nos últimos 60 dias se resume a treinos com um preparador físico particular - ele iniciou um processo de ganho de massa muscular no Verdão - e a esperar que a Justiça reverta a decisão do Tribunal Regional do Rio de Janeiro (TRT-RJ) de derrubar a liminar que o liberava do contrato com o clube carioca. Treinar nas Laranjeiras? Nem pensar.

O caso está nas mãos da juíza Dalva Macedo, da 70ª Vara do TRT-RJ, e a decisão dela pode sair "a qualquer momento", segundo pessoas que acompanham tudo de perto. Scarpa e seus pares esperam que esta sentença dê razão ao atleta e permita que ele restabeleça seu contrato com o Verdão, mas eles acreditavam que isso fosse acontecer há muito mais tempo.

A expectativa era de que a decisão do TRT-RJ fosse derrubada em menos de uma semana pelo Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília, mas o ministro Lelio Bentes Corrêa considerou, em 22 de março, que não havia motivos para isso.

Em 16 de abril, exatamente um mês depois de Scarpa ter sido cortado da delegação palmeirense, jogador e Fluminense tiveram uma audiência de conciliação na 70ª Vara do TRT-RJ. A juíza Dalva Macedo concedeu dez dias úteis para que as partes apresentassem seus argumentos finais no processo, o que já foi feito. É com base nestes documentos que ela tomará sua decisão, mas não há uma data estabelecida para isso.

Seja qual for o parecer da juíza, será uma decisão em primeira instância. A parte derrotada, portanto, poderá recorrer.

A briga judicial entre Gustavo Scarpa e Fluminense começou em dezembro do ano passado, quando o jogador entrou na Justiça cobrando mais de R$ 9 milhões do clube. O valor se refere a salários, férias e 13º atrasados, além de parcelas não recolhidas do FGTS. Em janeiro, Scarpa conseguiu uma liminar que o liberava de seu contrato com o clube carioca enquanto o processo corre, por isso o Palmeiras não precisou pagar nada ao Tricolor para contratá-lo. Ele está sem trabalhar desde que essa liminar caiu.

Acordo?

Tanto os advogados de Scarpa quanto os advogados do Fluminense dizem que sempre estiveram abertos a fazerem um acordo, mas nunca houve consenso entre as partes sobre o tema.

O Fluminense queria envolver o Palmeiras no caso e receber dinheiro ou jogadores em troca. Scarpa gostaria de negociar apenas com o clube carioca, sem envolver o Verdão, que acompanha tudo de perto esperando as decisões do estafe do atleta.

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