Observado pelo ‘Borjinha’, Borja recebe ‘número abençoado’ no Verdão

Goleador colombiano usará o número 12, imortalizado por São Marcos. Samuel Borja, filho dele, acompanhou a coletiva de perto e roubou a cena na Academia de Futebol

Apresentação de Borja
(Foto: Fellipe Lucena)

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Miguel Ángel Borja foi presenteado com a histórica camisa 12 em sua apresentação como reforço do Palmeiras, na manhã deste sábado. Observado pelo filho Samuel, de dois anos, o centroavante colombiano passou a ser dono do número que São Marcos imortalizou e que Gabriel Jesus utilizou na Copa Libertadores do ano passado.

- É um número histórico. Um goleiro como Marcos, que fez história aqui, ganhou títulos. Depois essa camisa foi de Gabriel Jesus, que também conseguiu coisas. É uma camisa abençoada, um número abençoado. Tenho sorte de usá-lo. Sei que, com a bênção de Deus, poderei ir muito bem. É um número abençoado - disse o jogador.

O Palmeiras aposentou a camisa 12 quando Marcos encerrou a carreira, no início de 2012. Desde então, o número só foi utilizado por jogadores de linha quando o regulamento da competição obrigava, como acontece na Libertadores. Wellington, Marcos Vinícius e André Luiz, todos zagueiros, foram inscritos com a 12 em competições internacionais antes de Gabriel Jesus. Com Borja será diferente: ele usará a camisa em todas as competições da temporada, inclusive já estará com ela no jogo contra a Ferroviária, às 16h30 deste sábado, quando deverá fazer sua estreia no segundo tempo.

Enquanto o goleador falava, o pequeno Samuel corria e pulava pela sala de imprensa da Academia de Futebol. O garoto virou xodó da torcida quando o clube divulgou o vídeo feito por Borja ainda durante a negociação, em que ele aparecia cantando o nome do Verdão e dizendo que gostaria de vir ao Brasil.

- Ele queria vir para o Brasil. Não sei se era porque quando eu vinha para cá sempre fazia gols (risos) - disse o pai, lembrando que foi carrasco do São Paulo e do Coritiba em 2016, ano em que foi campeão da Libertadores pelo Atlético Nacional.


Na temporada passada, foram 25 jogos e 22 gols pelo Cortuluá e 27 jogos e 17 gols pelo Nacional. Pela seleção colombiana, fez quatro jogos e não marcou gols. Depois do ótimo desempenho, ele prefere não estabelecer metas para 2017:

- Meu trabalho é fazer gols, treino para isso. Foi por isso que me trouxeram. Sem dúvida é uma grande responsabilidade, pelo que está acontecendo com minha chegada. Dependo de Deus para marcar gols. Não dependo de um escudo, de uma camiseta para marcar gols, dependo da graça de Deus e dos meus companheiros. Não posso colocar uma meta, porque Deus nos surpreende. Quando eu estava no Nacional, no Cortuluá, me coloquei uma meta e dobrei - completou.

Veja outras respostas de Borja:

Quantos minutos suporta?

Me sinto muito bem, em plena condição para estar à disposição. Se ele me colocar 30, 20, 15 minutos, vou estar com o maior gosto para fazer o que sei.

Como foi ver Palmeiras x São Bernardo no Allianz?

Foi especial, algo que nunca tinha vivido, porque senti o respaldo da torcida. Algo muito bonito foi que chegamos e a equipe logo fez o gol, isso foi especial. Penso que hoje é um grande dia, para demonstrar minha condições. Espero que o profe nos dê essa possibilidade.

Vai dançar com Mina?

Estamos preparando uma nova, diferente da que o Mina faz, porque essa ele já fez muitas vezes, já fez vários gols. Vamos fazer uma celebração nova (risos).

Expectativa no novo clube
Estou contente por estar nesse excelente clube, tão grande. É uma bênção estar aqui. Sinto o respaldo dos meus companheiros, do corpo técnico e da torcida. Isso é importante para conseguir os objetivos que estamos pensando, que é ganhar tudo. Queremos estar no lugar mais alto da América.

Por que o Palmeiras?

Eu fiz um ano muito bom no Nacional e foi algo importante quando surgiu o interesse do Palmeiras. De verdade, me interessou muito pela equipe grande que é o Palmeiras, por ser o maior campeão do Brasil, pela estrutura, pela sede que tem. Quando a negociação começou, sempre estive à disposição dos dirigentes do Nacional e do Palmeiras, facilitei tudo para as coisas acontecerem. Agora estou aqui, feliz, com muita gana de jogar.

Mina e Guerra ajudaram na escolha?
Por meio do presidente do Nacional, fiquei sabendo do interesse. Mattos também conversou comigo, por intermédio do Mina também, que me escrevia e me dizia para vir, que é um excelente clube. Quando Guerra veio para cá também senti que podia ser essa a equipe em que eu deveria jogar, porque havia outras opções. Uma opção de sair para a China, era muito grande, mas não é o meu projeto de carreira. Com respeito ao recebimento no aeroporto, foi muito especial, me senti muito contente. Isso me enche de responsabilidade para mostrar o que fiz no Nacional, o que venho fazendo nos últimos anos.

Adaptação ao futebol brasileiro

Os jogadores daqui são mais rápidos, pensam mais, tenho de me adaptar. Estou conversando muito com o Mina, com o Guerra. Estou conhecendo o Dudu, que tem grandes condições. Temos elenco para brigar por todos os torneios, não só no Brasil, mas também na Libertadores.

Pressão pós-Dérbi

Eu vou tratar de fazer o que sei fazer. É difícil perder um clássico, mas penso que o time jogou muito bem, o gol foi no último minuto. Penso que o Palmeiras foi muito bem. Necessitamos de todos para ir adiante, precisamos que a torcida nos apoie, esteja sempre conosco, e creio que dessa maneira vamos conseguir o que estamos pensando.

A força do elenco

Minha expectativa é marcar muitos gols e que a equipe ganhe sempre. Contrataram grandes jogadores para ganhar, e minha mentalidade é ganhar, ganhar sempre. Penso que temos um grande elenco para demonstrar que se pode ganhar tudo, chegar ao Mundial de Clubes e dar felicidade à torcida, que está ansiosa.

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