Mattos rebate críticas a Cuca e avisa: ‘É o melhor treinador do Brasil’

Diretor de futebol dá entrevista na Academia de Futebol no lugar do treinador e faz defesa ao trabalho. Comparado até a Bielsa, técnico tem sofrido com o calendário apertado

Alexandre Mattos, diretor de futebol do Palmeiras
Cesar Greco

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Alexandre Mattos pediu para ser o entrevistado desta sexta-feira no Palmeiras no lugar de Cuca para defender seu treinador. Criticado pela derrota para o Corinthians, na quarta, o comandante recebeu muitos elogios do diretor de futebol, que o colocou como o melhor do Brasil. 

- De quarta depois do jogo até hoje começaram a fazer aquele processo que a gente conhece no Brasil. Perde um jogo, todo amor, toda convicção, todo respeito pelo profissional se acaba. O Cuca é hoje o melhor treinador do futebol brasileiro, que não mudou nada o seu jeito de ser. Escutei muito de invenções, mas o Cuca não inventou, ele é criativo, e isso faz dele o melhor treinador. Falar que ele inventou porque o Mina foi para centroavante e o Róger Guedes para a lateral é não refletir o que é o Cuca em mais de 20 anos de carreira - afirmou o diretor.

- O Cuca tem nosso respeito. Como todos os seres humanos, ele erra também, mas o índice de acerto dele é impressionante. Para mim é o melhor em atividade e tem a nossa confiança. Não tem nenhum problema de relacionamento, zero. O Cuca é exigente, temos 32 jogadores no momento, e é óbvio que o dia a dia, ainda mais perdendo, fica com um clima diferente. Eu posso afirmar ao torcedor que temos convicções, sabemos onde queremos chegar. É hora da gente passar ao torcedor a seriedade do projeto - reforçou.

Para Mattos, o calendário tem sido o maior complicador nestes dois meses de trabalho do treinador campeão brasileiro. Segundo ele, Cuca não conseguiu dar nenhum treino como queria com o time titular por conta do desgaste. 

- Quem está despontando? Quem foi eliminado de alguma coisa. Enquanto jogávamos em Guayaquil, o Cruzeiro e o Corinthians estavam treinando. Na minha opinião o Palmeiras não jogou mal, principalmente em Minas, mas faz diferença. Não dá para ficar massacrando o Cuca, falando que está desequilibrado, perdido. É o mesmo Cuca campeão brasileiro, que foi unanimidade em seu retorno. O Cuca tem contrato conosco até o fim do ano que vem e vamos fazer todo o possível, e se precisar mais do que o possível, para que as coisas aconteçam - completou.

Depois do título brasileiro, Cuca decidiu sair por problemas particulares. Em seu lugar, o clube escolheu Eduardo Baptista, um técnico novo, mas com ideias bem diferentes do antecessor. A opção se deu, segundo o dirigente, porque não há no mercado brasileiro outro técnico semelhante a Cuca.

- O individual só vai aparecer quando o coletivo funcionar. E são vários problemas desde lá de trás, quando o Cuca decidiu não ficar por problemas pessoais. Não temos outro treinador com a mesma característica, no mundo, talvez o Bielsa. Tivemos que trazer um treinador com ideias novas, houve uma quebra de ideias, e essa quebra não andou da maneira esperada. Tivemos que resgatar o Cuca sem tempo para treinar, com jogadores diferentes, saíram dois ou três, tivemos a lesão do Moisés, outros jogadores vieram e estão se adaptando ao estilo Palmeiras de ser - encerrou.

Enquanto Mattos blindava o elenco e o treinador, Cuca seguia com o trabalho no campo com os reservas. Os titulares no Dérbi ficaram na parte interna realizado trabalho regenerativo. No domingo, o Verdão enfrentará o Vitória, às 11h, no Allianz Parque, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro.

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