Galiotte sofre pressão para demitir, mas mantém Mattos respaldado

Mancha divulgou manifesto que pede a saída do diretor de futebol, reforçando o coro de conselheiros insatisfeitos. Com apoio da patrocinadora, presidente o mantém no cargo

Galiotte e Mattos durante o treino desta sexta-feira - Foto: Fellipe Lucena
 Fellipe Lucena

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A pressão sobre Alexandre Mattos aumentou após a queda do Palmeiras na Copa Libertadores. Além da Mancha Alviverde, torcida organizada que pediu a demissão do diretor de futebol em manifesto divulgado nesta segunda-feira, vários conselheiros tentam convencer Maurício Galiotte a mandá-lo embora. O presidente, no entanto, sinaliza que não está disposto a atendê-los e quer manter o dirigente pelo menos até o fim de seu contrato, em dezembro de 2018.

Galiotte já vem sendo abordado por conselheiros insatisfeitos há algum tempo. A resposta tem sido sempre a mesma: ele descarta a possibilidade de fazer trocas na diretoria de futebol e lembra que Alexandre Mattos liderou a imensa reformulação do clube a partir de 2015. De lá para cá, vieram os títulos da Copa do Brasil de 2015 e do Brasileirão de 2016, além de uma grande reestruturação física na Academia de Futebol, com profissionais de primeira linha na comissão técnica. 

Outro fator que pesa a favor de Mattos é a confiança que José Roberto Lamacchia e Leila Pereira, donos da Crefisa e da Faculdade das Américas, depositam nele. Leila já declarou que iria rever os gastos em contratações se o diretor fosse demitido. Só neste ano, as parceiras gastaram mais de R$ 100 milhões em jogadores.

Por outro lado, a corrente que faz críticas a Mattos no Conselho Deliberativo e no Conselho de Orientação e Fiscalização conta com uma figura importante: Mustafá Contursi. Além de ser o mais influente entre os conselheiros, o ex-presidente é muito próximo de Maurício Galiotte - e padrinho político do "casal Crefisa", que hoje faz parte do quadro de conselheiros.

Mustafá nunca defendeu a demissão de Mattos publicamente, mas não esconde que acha o número de contratações exagerado, assim como os gastos com o futebol. Ele tem grandes ressalvas à profissionalização e preferia que diretores estatutários, não remunerados, gerissem os departamentos do clube.

Galiotte, neste ponto, tem opinião divergente. Segundo ele, a profissionalização está dando certo e é um caminho sem volta no Palmeiras. Mas há conselheiros importantes que dizem que, justamente por ser um profissional remunerado, Mattos deve ser cobrado por resultado, algo que não apareceu em 2017.

Enquanto isso, o diretor continua trabalhando e já está pensando em 2018. Após algumas discussões, vive um momento de harmonia com Cuca e garante que o técnico permanecerá para o ano que vem, ajudando na montagem de um novo elenco.

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