Galiotte quer manter Cuca, elogia Crefisa e conta ‘100%’ com Nobre

Eleito neste sábado para substituir Paulo Nobre, Maurício Galiotte diz que cuidará de renovações de contrato apenas após a confirmação do título brasileiro

Diretoria Palmeiras
José Carlos Tomaselli, Antonino Jesse Ribeiro e Genaro Marino, os vices, com Galiotte (Foto: Fellipe Lucena)

Escrito por

Em sua primeira entrevista coletiva como presidente eleito do Palmeiras para o biênio 2017/2018 - candidato único, foi eleito neste sábado e substitui Paulo Nobre em 15 de dezembro deste ano -, Maurício Galiotte deixou claro que deseja continuar com o técnico Cuca e falou com bastante otimismo sobre a permanência da Crefisa como patrocinadora, mas avisou que só cuidará de renovações depois do Brasileirão. O diretor de futebol Alexandre Mattos é outro com vínculo por vencer.

- Como a gente analisa um profissional? Com metas, objetivos, com trabalho do dia a dia. O Cuca, obviamente, é muito bem avaliado. Se houver possibilidade, se chegarmos a um denominador comum, sem dúvida, eu e acho que todos os palmeirenses, gostaríamos que o Cuca ficasse - disse Galiotte.

Cuca tem contrato até 31 de dezembro e já tem ouvido insistentes pedidos da torcida para permanecer. Ele tem despistado sobre o assunto, mas disse na última sexta-feira que ainda não foi procurado pela diretoria para renovar.

- O Cuca está no Palmeiras, o tempo todo conosco. Nós não conversamos com o Cuca até então sobre uma proposta oficial, sobre valores. Se foi isso que ele quis dizer, é um fato, mas estamos todos os dias em contato com ele - explicou o próximo presidente.

Um dos trunfos de Galiotte para ser escolhido como candidato a suceder Nobre foi a boa relação que ele nutre com José Roberto Lammachia e Leila Pereira, donos da Crefisa e da FAM, patrocinadoras do clube. Foi ele, na condição de primeiro vice-presidente que ocupa desde 2013, o responsável por reaproximar o clube das parceiras após os constantes atritos com Nobre. A renovação do contrato, o maior do Brasil, é praticamente certa.

- Cada um de nós tem uma maneira de tratar os assuntos. Crefisa e FAM foram fundamentais nesses últimos dois anos. O contrato só vence em janeiro. Durante o período, tivemos uma diferença de expectativa e conseguimos superar. Hoje, a Crefisa está absolutamente confortável, o Palmeiras também - disse Galiotte, antes de deixar claro qual é sua preocupação no momento:

- Nós temos o foco no jogo de amanhã. Nosso objetivo é ser campeão brasileiro. As renovações vamos tratar após o Brasileiro. Vamos participar.

O dirigente ainda foi questionado sobre um assunto do qual Paulo Nobre vem se esquivando há tempos: o atual presidente terá alguma função na próxima diretoria? 

- Nosso objetivo é dar continuidade no trabalho dos últimos anos. Pouco importa qual será a função, a denominação do presidente Paulo Nobre. O importante é que ele está 100% à disposição sempre que houver necessidade.

Os vices da gestão Galiotte serão Genaro Marino, Antonino Jesse Ribeiro, Victor Fruges e José Carlos Tomaselli.

Veja outras respostas de Maurício Galiotte:

Prioridades
A nossa ideia é que o modelo de gestão que implementamos nos últimos anos tenha continuidade. Obviamente, temos assuntos que são prioridades e a eles será dada toda a atenção. O futebol profissional, sem dúvida nenhuma. Temos o dever de ser protagonistas. Responsabilidade administrativa e financeira sempre foi um ícone da nossa gestão e também manteremos. Profissionalização também não abrimos mão. E o clube social, que durante os últimos anos, pela construção da arena, passou por um momento difícil, o associado foi sacrificado, daremos toda a atenção.

Assumir logo depois de um título
O momento é muito positivo. Assumir a presidência da Sociedade Esportiva Palmeiras é muita responsabilidade, antes ou depois de um título. Claro que a euforia do nosso torcedor é latente neste momento, mas a responsabilidade existe em todos os momentos.

Vai pedir emprestado o jatinho de Nobre?
Acho que sim. Se tiver que pedir, nós vamos pedir (risos).

Fechamento da Rua Palestra Itália
A relação com a torcida é um tema, o fechamento da Palestra Itália é outra situação. O fechamento da Palestra Itália é uma solicitação da Polícia Militar e da Secretaria de Segurança Pública diante de várias ocorrências que existiam durante os jogos, como furtos, comércio ilegal. Não compete ao Palmeiras dizer o que a Polícia tem de fazer ou não. Que a festa da torcida é maravilhosa, sem dúvida nenhuma. O torcedor em volta do estádio é muito bacana, mas o Palmeiras não tem o poder de decidir​.

Reforma estatutária
A reforma estatutária ainda não foi colocada em prática, mas o grupo de trabalho está com ela em pauta. Nós da diretoria executiva daremos todo o apoio para que ocorra o mais rápido possível. Óbvio que é um tema amplo, complexo e que demanda tempo.

Paz política

Eu diria que a paz política é consequência dos resultados. É o momento que o Palmeiras vive, um reconhecimento das pessoas, do caminho que o clube está tomando. O principal é o reconhecimento do trabalho. Esse momento é do Palmeiras, não temos que nominar.

WTorre

Palmeiras e WTorre é uma parceria de 30 anos. Temos relacionamento institucional, temos as nossas diferenças, que todos conhecem e são discutidas na arbitragem.

News do Lance!

Receba boletins diários no seu e-mail para ficar por dentro do que rola no mundo dos esportes e no seu time do coração!

backgroundNewsletter