Dez anos após enfrentar o Palmeiras, Di Maria é ‘Deus’ em Rosário

Craque argentino, que enfrentou o Verdão na Libertadores de 2006, não esquece do clube do coração e segue sendo idolatrado pelos torcedores mesmo estando longe

Di Maria - Rosario Central (foto:divulgação)
Di Maria a serviço do Rosario Central: ele promete voltar (Foto: divulgação)

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A Copa Libertadores de 2016 é a primeira do Rosario Central após dez anos de ausência. Significa uma reafirmação para o clube, que chegou a disputar a segunda divisão argentina neste período. Ángel Di Maria, mesmo longe, talvez seja o personagem que melhor simbolize este hiato. Pela transformação que viveu e por não deixar seu coração abandonar o clube.

Em 2006, ano da última participação da equipe no torneio, o craque argentino era "só" uma jovem promessa de 18 anos. Adversários nesta quarta-feira, às 21h45, no Gigante de Arroyito, Rosario e Palmeiras também se cruzaram na fase de grupos daquele ano. Di Maria participou dos minutos finais do jogo na Argentina, que terminou empatado por 2 a 2. Curiosamente, substituiu Eduardo Coudet, atual técnico rosarino.

Hoje com passagens por Benfica (POR), Real Madrid (ESP) e Manchester United (ING) no currículo, Angel "Fideo" Di Maria é estrela no PSG (FRA), exemplo para os jovens jogadores e "Deus" para os torcedores. E, claro, ele também é "un hincha loco de Central".

- Di Maria ou Messi? Não tem comparação. Primeiro Fideo (apelido do jogador, relacionado à sua magreza), depois o resto. É o nosso Deus - diz Luciano Castillo, um torcedor do Rosario que exemplifica a paixão da parte azul e amarela da cidade pelo camisa 7.

Há um ano, o fanático viajou até a Inglaterra com uma bandeira dizendo "11 mil km só para te ver". Os torcedores do Manchester United não entendiam nada no Old Trafford, mas Di Maria se encantou com a homenagem e lhe presenteou com um casaco, hoje enquadrado sobre a cama de Luciano.

- A paixão que tenho por Angelito é única. Além de ser um jogador espetacular, ele vive falando do Central. Isso encanta a qualquer torcedor. Esteja onde esteja, ele sempre lembra de onde começou, vive dizendo que sua carreira vai terminar aqui. E, se ele disse, vai cumprir - explicou.

Foram só 35 jogos e seis gols antes de ir ao Benfica (POR), em 2007, mas a relação de Di Maria com o Rosario é realmente umbilical. Ele começou a jogar pelo clube aos sete anos, foi gandula de partidas da equipe profissional enquanto jogava na base e até hoje faz visitas aos treinamentos. Há pouco tempo, fez uma tatuagem em homenagem ao Central. Um laço tão forte que está estampado em um muro na frente do Gigante de Arroyito, com a caricatura do craque.

- Ele sempre foi um fanático. Dizia que seu sonho tinha que começar jogando pelo clube do qual era torcedor. Quando garoto, sempre ia aos jogos, inclusive foi gandula. Com certeza vai assistir ao jogo contra o Palmeiras, ele sempre segue o Rosario - conta Alejandro Fernandez, técnico de Di Maria na base rosarina e responsável também por formar candidatos a sucessores.

- Trabalhei também com Salazar, Cervi, Lo Celso... Vários garotos que integram o elenco profissional. Lo Celso é um grande organizador de jogo e muito inteligente pela idade que tem. Creio que principalmente ele pode seguir os passos de Angelito. Cervi também. O tempo dirá se conseguem o mesmo nível - completa, citando os dois armadores do time de Coudet.

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