Depois de ‘resgatar’ Dudu, braçadeira de capitão também pode mudar Jesus

Antes convivendo com a reserva, camisa 7 voltou à condição de titular absoluto após tornar-se capitão. Jesus usou a faixa na quarta e admite: precisa parar de levar cartões

Palmeiras x Grêmio
(Foto: Jales Valquer)

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A representatividade da braçadeira de capitão mudou no Palmeiras. Se antes o objeto costumava ficar com Fernando Prass ou Zé Roberto, agora ele pertence a Dudu e foi usado provisoriamente por Gabriel Jesus na última quarta, contra o Grêmio. Saem os experientes, entram os "líderes técnicos".

A responsabilidade de capitanear o time transformou Dudu. O camisa 7 não tem o costume de fazer longos discursos no vestiário ou de exercer influência sobre os mais jovens - funções que continuam sendo de atletas mais rodados, como Edu Dracena -, mas tem sido muito mais importante do que vinha sendo antes da tarja.

Desde que virou capitão, contra o Vitória, Dudu disputou 12 partidas do Brasileirão, todas como titular. Foram oito vitórias e quatro empates. Pela Copa do Brasil, ele participou da vitória sobre o Botafogo-PB e da derrota para o Grêmio, ambas nas partidas de ida.

Antes disso, o atacante havia disputado 15 jogos do Brasileirão, 12 deles como titular. Foram oito vitórias, dois empates e cinco derrotas. Ele chegou a virar reserva de Erik em jogos fora de casa e vinha apresentando rendimento bem abaixo de sua média. Foi quando Cuca decidiu agir para mudá-lo.

Agora pode ser a vez de Gabriel Jesus. Com Dudu poupado, a braçadeira ficou com o garoto de 19 anos no empate com o Grêmio, que eliminou o Palmeiras da Copa do Brasil. Não houve discurso, mas o camisa 33 deu mostras de maturidade após o duelo: fez questão de passar pela zona mista para atender a imprensa e, sem ser perguntado, admitiu que tem levado muitos cartões. Já são nove amarelos no Brasileiro, o que o fará cumprir suspensão pela terceira vez no domingo, contra o Sport, em casa.

- Fico feliz de ter essa responsabilidade, me surpreendeu. Quando o Edu (Dracena) e o Cuca vieram falar comigo, arregalei o olho. O Zé ficou brincando para eu dar discurso (risos). Infelizmente não vou jogar domingo, estou tomando muito cartão. Tenho de melhorar, eu sei - disse Jesus.

- É para aumentar um pouco a responsabilidade em campo. Por levarmos muita pancada, queremos reclamar com os árbitros e, como capitão, você tem mais liberdade. Comigo e com o Gab foi desse jeito, parei de tomar cartão quando virei capitão, acho que ele quer fazer o mesmo com o Gab - emendou Dudu.

QUEM JÁ USOU A BRAÇADEIRA EM 2016

Fernando Prass
Goleiro começou o ano revezando a braçadeira com Zé Roberto, mas foi efetivado como capitão pouco depois da chegada de Cuca. Aos 38 anos, está em recuperação de cirurgia no cotovelo direito e só voltará a jogar na próxima temporada. Ainda é o atleta que mais foi capitão nesta temporada: 25 partidas.

Zé Roberto
Terminou o ano passado como capitão, tanto que foi o responsável por erguer a taça da Copa do Brasil e já usou a braçadeira 18 vezes em 2016.

Dudu
Efetivado como capitão por Cuca, deve superar os números de Zé Roberto neste ano. Por enquanto, são 14 jogos com a braçadeira

Arouca
Usou a braçadeira no terceiro jogo de Cuca, contra o Red Bull.

Edu Dracena
Foi capitão apenas uma vez, no quarto jogo de Cuca no Verdão, contra o Água Santa. Técnico esboçava fazer um rodízio na época, mas logo fixou Prass.

Gabriel Jesus
Foi capitão pela primeira vez na carreira contra o Grêmio.

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