Cuca lembra que fez jogador chorar e não quer pilhar o Verdão na semi

Já de olho na semifinal do Paulistão, contra o Santos, técnico diz que vai evitar excesso de motivação para seus jogadores. Contra o Bernô, ele gostou mais da etapa final

Campeonato Paulista - Palmeiras x São Bernado (foto:Marcelo Machado de Melo/fotoarena)
Cuca durante a vitória sobre o São Bernardo (Foto: Marcelo Machado de Melo/fotoarena)

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Classificado à semifinal do Campeonato Paulista, o técnico Cuca já está com a cabeça no Santos. Já ciente do tamanho da rivalidade criada entre os dois times nos sete clássicos do ano passado, ele não quer pilhar excessivamente os seus atletas. Até porque já teve uma experiência desagradável...

- A gente tem que tomar muito cuidado com esse negócio de motivação. Eu era um treinador que pilhava muito meus times, até passava dos limites. Um dia, no Maracanã, dei uma pilhada tão grande no Botafogo que tive de tirar um jogador com 15 minutos porque ele não parava de chorar. Falei: "Que m... que eu fiz!". Não podemos instigar provocação, depois acaba virando coisa ruim. Vamos jogar um jogo. Adoro o Dorival, meu parceirão, jogamos juntos no Juventude, aqui no Palmeiras, está fazendo um grande trabalho - disse Cuca.

Palmeiras e Santos se enfrentaram sete vezes em 2015: foram quatro vitórias do Peixe, todas na Vila, e três do Verdão, todas no Allianz Parque. Os alvinegros ganharam a final do Paulistão, enquanto os alviverdes levaram a melhor na decisão da Copa do Brasil.

Antes do segundo duelo contra o Santos em 2016 - ainda com Marcelo Oliveira no comando, o Verdão ficou no 0 a 0 em casa pelo Paulistão - o time de Cuca enfim terá descanso. O treinador deu folga aos comandados nesta terça-feira e pela primeira vez terá quase uma semana toda para trabalhar.

- Não esquecendo que a gente jogou quinta-feira passada, um jogo de Libertadores, tenso, nervoso, envolvido com o corpo aqui e com a mente no Uruguai. Esse jogo de quinta acarreta alguma coisa no jogo de hoje. Hoje em dia quando você joga no meio de semana e o adversário não joga faz muita diferença. Um jogador de ponta hoje corre 10, 11, 12km por partida, é muita coisa. Se você não tiver um repouso, estoura todo mundo. O jogo de hoje foi uma correria dos dois lados, se você não correr igual, dança. Temos que ressaltar que eles conseguiram mudar o foco e jogaram com a mesma motivação de quinta-feira - comentou.


- O time do São Bernardo é melhor do que o time que enfrentamos quinta-feira. O Sérgio Soares veio para cima, com um volante, dois meias e três atacantes. Nós entendemos mais o jogo deles no segundo tempo do que no primeiro. Tivemos alguns erros no primeiro e o Fernando trabalhou bem. No segundo tempo entendemos melhor o adversário e soubemos matar na velocidade - finalizou Cuca, que não perde há seis jogos (cinco vitórias e um empate).

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