Cuca vê clube exposto, mas defende Galiotte e evita compará-lo a Nobre

Para o técnico, falta de resultados é o motivo para a exposição e não a forma de gerenciar de Maurício Galiotte, diferente da praticada por seu antecessor e de quem foi vice

Maurício Galiotte e Cuca
(Foto: Cesar Greco)

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Com o Palmeiras em crise, Cuca decidiu ser o entrevistado da terça-feira na Academia de Futebol para tentar conter a excessiva exposição do clube. Segundo técnico, o motivo disto é a falta de resultados, não uma possível omissão da diretoria, tanto que Alexandre Mattos e, principalmente, o presidente Maurício Galiotte foram defendidos pelo treinador.

O mandatário ouviu de torcedores e seus pares políticos de que estava muito ausente do futebol. Desde a eliminação na Libertadores, Maurício passou a aparecer mais vezes durante os treinos, como costumava fazer seu antecessor, Paulo Nobre. Se o ex-presidente trabalhava direto da Academia de Futebol, o sucessor divide sua agenda entre a sede social e o CT. Embora entre os palmeirenses estas diferenças entre os dois sejam constantemente citadas, o comandante preferiu não fazer comparações.


- Ano passado tinha o Paulo Nobre, um presidente que tinha restrições com imprensa, torcida, dentro do planejamento dele foi campeão, um ótimo cara. Hoje temos um cara que não é pior que o Paulo, que é igual, maravilhoso, o Maurício, com outra linha de gerenciar que vocês conhecem. Cada um tem uma forma, os dois são grandes presidentes. Mas perdendo jogos, sendo eliminados, deixa muito exposto. Todos sabem que no Palmeiras a exposição quando existe, existe mesmo. Eu falei isto aos jogadores. Em grande clube tem grande exposição, positiva e negativa - justificou.

As explicações de Cuca vieram no dia em que a Mancha Alviverde fez um texto pedindo sua saída do clube e chamando Maurício de "omisso". Horas depois da entrevista do técnico, o presidente disse que tanto Cuca quanto Mattos continuam independente do resultado no Choque-Rei de domingo. Sua ideia é cumprir o contrato da dupla, válido até o fim de 2018.

- Eu li por vocês que o presidente está me apoiando e agradeço. Na vida você não desaprende, mas tem momentos em que as coisas não dão certo. Quando eu era mais jovem eu tinha menos paciência quando não dava certo e ia embora. Não faço mais isso. Esses caras precisam de mim, nosso clube infelizmente é muita exposição. Não tenho assessor de imprensa, procurador, então pode bater no Cuca. Não vai ter defesa. Mas os que me batem vão me elogiar quando as coisas estiverem bem - completou.

O Palmeiras quer blindar a Academia de Futebol, já que no domingo haverá o clássico contra o São Paulo, no Allianz Parque. Outro resultado ruim, além de aprofundar a crise, pode até colocar em risco o cargo de Cuca, que nesta quarta comandará uma atividade fechada para a imprensa.

Sem vencer há três partidas, o treinador também eximiu os jogadores da culpa e se colocou como o único responsável pela falta de resultados. Ainda assim, acredita que o trabalho trará resultados.

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