Cuca valoriza ‘ajudinha’ em vitória e celebra fim de estreias frustradas

Técnico iniciou trajetória no Atlético-MG com seis derrotas e a primeira passagem pelo Palmeiras com quatro jogos sem vencer, mas volta ao Verdão com goleada por 4 a 0

Cuca - Palmeiras 4x0 Vasco
Cesar Greco

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Uma nova era começou para o Palmeiras e para Cuca. O casamento que rendeu o título do Campeonato Brasileiro de 2016 foi reatado com goleada por 4 a 0 sobre o Vasco da Gama neste domingo e deixou o técnico ainda mais exaltado. Afinal, fez mudanças decisivas para o triunfo na abertura da Série A e ainda quebrou escrita que o incomodava desde 2011.

- É perigoso ter um dia em que as coisas não vão bem. Eu perdi meia dúzia quando comecei no Galo, aqui perdi quatro seguidas no ano passado, mas agora foi bom estrear com vitória. Houve muitos momentos bons jogo e outros em que temos que melhorar. Não é ser perfeccionista, mas é porque ficou claro que precisamos evoluir. Fiquei ansioso, é claro (pela reestreia ). E acho que consegui dar uma ajudinha hoje em um momento em que o jogo ficou complicado - destacou.


A "ajudinha" de Cuca foi trocar Jean e Tchê Tchê de posição durante o primeiro tempo, quando o Vasco passou a tomar conta da partida e só não empatou porque Fernando Prass teve grande atuação. Jean foi para o meio de campo e criou a jogada do segundo gol. Tchê Tchê foi para a lateral e deu a assistência para Borja marcar o terceiro.

- Saímos bem nos primeiros dez minutos, com marcação alta, pressão, mas daí em diante o Vasco tomou conta e poderia ter empatado. Aí trocamos o Jean com o Tchê Tchê. Às vezes um jogador não está bem em uma posição, mas encaixa na outra; Hoje, os dois não estavam, mas a equipe encaixou e o jogo emparelhou. Os dois fizeram jogadas de gols - valorizou.


O segundo desafio da nova trajetória de Cuca no Palmeiras está marcado para 21h45 de quarta-feira, novamente no Allianz Parque. O rival será o Internacional, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Cuca:

Qual a avaliação que faz da estreia, que terminou em 4 a 0 como no ano passado, contra o Atlético-PR?

Foi o mesmo placar da abertura do campeonato em 2016, mas que também foi difícil, apesar do 4 a 0. No segundo tempo, com a vantagem, não poderíamos sentar em cima dela. Jogamos mais seguros, sem correr tanto risco. Com o Fabiano, tivemos um equilíbrio maior de meio de campo.

Como seu conhecimento sobre o elenco pesou para a vitória?
Cada um tem uma maneira. O trabalho do Eduardo era muito bom e já foi visto no Sport, Ponte Preta, Fluminense... E aqui estava indo bem, com aproveitamento altíssimo, mas por uma questão ou outra acabou saindo. Entrar outro treinador motiva o jogador a aparecer, fazer outras coisas, e é preciso aproveitar esse momento. Muita coisa feita hoje foi em cima do trabalho do Eduardo. Conhecendo mais da equipe agora, que tem Melo, Borja e Guerra com estilos diferentes e precisam se adaptar. Eles não estão acostumados a domingo e quarta sempre. Com o elenco reforçado, vamos rodar bastante.

O que fazer na Libertadores, com a suspensão de Felipe Melo?
Tem Copa do Brasil primeiro, mas confio muito no Thiago Santos, que quando entrar, vai entrar bem. E confio em uma dupla sem um primeiro, como era com Moisés e Tchê Tchê e hoje com ele e o Jean. Sem Felipe, vamos pensar em como jogar, mas antes tem o Inter.

O time já tem a intensidade do ano passado?
Foram só quatro dias de treino e intensidade requer condicionamento perfeito do jogador. Ninguém tem 90 minutos intensos, é preciso variar marcação em cima e mais compactação defensiva. Esse é meu trabalho e hoje ficou muito claro, é normal. O que a gente tem feito pelo Palmeiras é montar um time para três, quatro anos. Quando a gente repõe uma peça com idade baixa é para pensar mais para frente. Perdi o Vitor Hugo e trouxe outro zagueiro. Perdi o Alecsandro e de repente tem uma peça de reposição. Não sei quanto tempo vai demorar para ter minha cara, pode demorar.

Borja pode fazer o que Gabriel Jesus fazia pela equipe?
Ele tinha uma condição própria, eu tinha que frear para não agredir tanto. Ele puxava o time para frente, era nato dele e não vamos conseguir fazer um igual a ele. Mas vamos puxar o máximo do potencial do Borja, que fez dois gols, mas ainda tem espaço para evoluir. Tem que diminuir o espaço para defender.

Como foi a recepção dos torcedores, muitos vestindo calças vinho?
Essa calça vinho vestiu bem, mas essa é outra. Aquela tinha o cós mais alto, então não mostrava o cofrinho quando eu abaixava. Vestiu bem e coincidiu. Mas vou usar outras, tá? Fiquem tranquilos (risos).

Como Mayke chega? É uma forma de usar o Jean em outra posição?
Vem nessa situação em que posso utilizar o Jean por dentro. É mais um jovem que vem, tomara que dê certo. Mais uma boa aquisição, uma troca. O Rafael indo para lá é bom para ele também, porque ele precisa jogar, tem potencial. Vai ser mais utilizado e feliz dentro de campo do que aqui.

Quem jogará contra o Inter?
Vou esperar, porque foi uma semana intensa, em que trabalhamos dois períodos. Foi jogo de intensidade também. Teve jogador que teve cãibra, o Jean. Foi desgaste grande. Vamos esperar o que de melhor temos. Adversário tem que um dia a mais de descanso.

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