Em sintonia com Marcos e Prass, Jailson estreia contra o Corinthians

Ao L!, Mônica, esposa do goleiro, conta os segredos para o sucesso do novo xodó do Palmeiras: ligações, fé e 'ajudinha' do destino o levaram até o Dérbi deste sábado

Jailson tem seu grande teste no Palmeiras neste sábado, contra o maior rival: Corinthians, em Itaquera
(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

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Antes de entrar em campo neste sábado, às 16h, para enfrentar o Corinthians, na Arena, em Itaquera, o palmeirense Jailson irá telefonar para avó, dona Nascife, e para a esposa, Mônica. Só então estará pronto para enfrentar pela primeira vez o maior rival do Palmeiras, em duelo válido pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Novo xodó da torcida alviverde, o goleiro tem escutado os conselhos do ídolo e ex-goleiro Marcos para se destacar embaixo das traves e, quem sabe, fazer milagres como "santo" da torcida. Nas Copas Libertadores de 1999 e 2000, o ex-jogador se destacou em partidas decisivas contra o Corinthians e ganhou o apelido de São Marcos. 

– Ele se inspira muito no Marcos e no (Fernando) Prass. Se aproximou do Marcos mais quando viemos para São Paulo, o contato aumentou. Eles conversam bastante – conta ao LANCE! a jogadora de handebol Mônica, casada com o goleiro há seis anos.

No estádio onde Fernando Prass fez a alegria dos palmeirenses no ano passado, ao defender dois pênaltis e eliminar o rival na semifinal do Campeonato Paulista, Jailson fará seu nono jogo como titular do Palmeiras na temporada. Pela primeira vez disputando uma Série A de Campeonato Brasileiro, o camisa 49 tem a chance de alinhar ainda mais sua sintonia com a torcida alviverde.

Desde que entrou no time, o Verdão não perdeu: são sete jogos de invencibilidade no Brasileiro e um na Copa do Brasil. Com uma sequência de boas atuações na meta palmeirense, Jailson virou peça fundamental na equipe de Cuca. Confiante, o "Neguinho" de Mônica segue firme.

– É claro que ele fica naquela expectativa, né? Querendo que o jogo chegue logo. Esses dias esteve em Atibaia, nos falamos só por celular. É complicado, mas no fim vale a pena – completa a esposa, que pôde ficar com o goleiro apenas uma hora depois do jogo contra o Flamengo.

Jailson está blindado pela diretoria. Não dá entrevista coletiva e muito menos concede exclusivas. Fala apenas em zona mista. O Palmeiras não quer que nada interfira no momento vivido pelo goleiro. Afinal, se o destino resguardava a Jailson a chance de se firmar na equipe, que o desfecho da história seja tão bom quanto o junto a Mônica.

– Foi coisa do destino quando a gente se conheceu. Ele treinava no Guaratinguetá e eu jogava em São José dos Campos. O campo dele lá entrou em reforma, ele foi para Taubaté. O campo de Taubaté entrou em reforma e ele foi parar em São José. Fomos nos falando, falando...

E jogando, jogando... Jailson chega ao seu principal teste no Verdão neste sábado, em Itaquera, depois de oito jogos. Com a fé em Nossa Senhora inabalável, a avó e esposa por perto, cabe ao goleiro escrever mais uma página de sua história no Palmeiras, assim como fizeram Marcos e Prass.

"Eu perguntava qual era o número dele e ele respondia: 'Baiano, eu calço do 36 ao 43 porque pé de pobre não tem número'. Então, ele ou tirava a palmilha ou então colocava algodão, mas dava um jeito de usar", conta o ex-palmeirense Wendel

'PÉ DE POBRE NÃO TEM NÚMERO'

Chuteiras de ex-lateral já ajudaram jailson

Ex-jogador do Palmeiras, o volante e lateral direito Wendel já doou suas chuteiras para o goleiro Jailson. Os dois se conheceram em 1999, no Atlético Joseense, de São José dos Campos. A história ele conta ao LANCE!

– Depois disso, nos encontramos na primeira divisão (do Campeonato Paulista). Jailson me pediu a camisa, disse que não teria como trocar comigo porque estava no Guaratinguetá, não tinha tanta camisa. Me pediu também a chuteira, porque eu tinha patrocínio na época e ganhava novos pares sempre – explica Wendel, e completa a história:

– Eu perguntava qual era o número dele e ele respondia: 'Baiano, eu calço do 36 ao 43 porque pé de pobre não tem número'. Então, ele ou tirava a palmilha ou então colocava algodão, mas dava um jeito de usar. Todo jogo me ligava antes para pedir.

Contente pelo sucesso do amigo, Wendel hoje dá aulas, palestras e suporte financeiro a escolinhas em Mogi das Cruzes, cidade onde vive. Busca apoio político para um amigo que quer se tornar vereador e dar sequência ao projeto das escolinhas.

– Jailson merece demais. Um cara alegre, sempre foi do bem.

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