Com sucesso relâmpago na base, ‘Di María’ do Verdão se espelha em Dudu

Sonho antigo do clube, Guilherme Vieira já tem cinco gols em cinco jogos. Time sub-17 do Palmeiras encara o Corinthians nesta quarta-feira, no jogo de ida da decisão da Copa do BR

Guilherme Vieira - Palmeiras
Divulgação

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Guilherme Vieira chegou ao Palmeiras com a responsabilidade de carregar o apelido de "Di María de Osasco", que ganhou de Vampeta enquanto jogava no Osasco Audax. Mas o meia-atacante de 17 anos, que faz sucesso relâmpago na equipe sub-17, tem outra fonte de inspiração:

- Me espelho muito no Dudu, pelas características, pela liderança em campo, por ser um cara que admiro muito jogando. Ele é um excelente jogador - disse o garoto, nesta entrevista ao LANCE!, às vésperas de sua primeira final pelo Verdão.

O time sub-17 do Palmeiras visitará o Corinthians em Itaquera, às 17h30 desta quarta-feira no primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil da categoria. A partida, que terá apenas corintianos na arquibancada e será transmitida por Sportv e ESPN Brasil, será apenas a sexta de Guilherme Vieira no clube. Nas cinco anteriores, ele acumulou cinco gols.

O jovem estreou no jogo de volta contra o Atlético-MG, pela segunda fase, quando saiu do banco para deixar sua marca no empate por 1 a 1 em Barueri - o Verdão se classificou porque venceu a partida de ida por 3 a 0. Ele entrou nos dois jogos contra o Vasco, pelas quartas de final, e passou em branco nas vitórias por 2 a 0 e 3 a 1. Deslanchou de vez na semifinal: titular, com dois gols em cada jogo contra o Flamengo (vitória por 4 a 1 e empate por 3 a 3).

O jogo de volta com o Corinthians será no dia 30, às 17h, em local a definir.

Sonho antigo


O Palmeiras já imaginava que Guilherme pudesse desequilibrar, tanto que estava tentando contratá-lo desde 2015. No início do mês passado, quando o Audax aceitou emprestá-lo até fevereiro de 2019 com opção de compra, já não havia como inscrevê-lo no Paulistão da categoria, competição da qual o Verdão também é finalista. O clube deu de ombros e fez a contratação mesmo assim.

- Não posso jogar mais o Paulista, infelizmente, mas fico na torcida pelos companheiros e ajudando nos treinamentos. Acho que o clube apostou em mim porque pude mostrar minhas qualidades. Foi fruto do trabalho, dedicação nos treinos do Audax... Também fiz um belo campeonato paulista pelo Audax, acabei marcando 17 gols em 17 jogos. Acho que isso pesou, mas o interesse era de antes. Agora que tenho essa oportunidade vou procurar agarrar com todas as minhas forças para fazer história pelo clube - disse a joia.

- O Palmeiras já tinha um interesse desde 2015, mas fomos campeões paulistas e acabei ficando. Em 2016, mesma coisa, falaram do interesse e acabou não dando certo. Esse ano, graças a Deus tive essa chance e agora posso defender essa camisa, que é gigante. É uma honra poder jogar por um clube grande e com tanta história. A responsabilidade também aumenta, mas estou trabalhando cada vez mais para dar tudo certo.

A trajetória


Foi no Corinthians, adversário desta tarde, que o garoto deu seus primeiros chutes, ainda com seis anos de idade, no futebol de salão. De lá, foi para o Barueri, mas interrompeu o sonho ainda aos nove anos porque seu pai não conseguia levá-lo para treinar todos os dias. Foram quatro anos afastado até o reinício, primeiro no Eco de Osasco, depois no Grêmio Osasco e, por fim, o Osasco Audax.

- As pessoas que sempre me ajudaram foram meu pai e minha mãe. Apesar das dificuldades, eles nunca desistiram, sempre me apoiaram, sempre me incentivaram. Eu sou novo, mas já cheguei a achar que não daria mais, e eles continuaram me incentivando. Devo muito aos meus pais. Confio muito neles e nos meus empresários, que estão me ajudando muito nesse começo de carreira, me orientando para os caminhos corretos e com grandes objetivos lá na frente.

Calma com o apelido


Guilherme não deixa as comparações com Ángel Di María, craque argentino do PSG, subirem à cabeça. O apelido foi dado em tom de brincadeira por Vampeta, presidente do Osasco Audax, devido às jogadas rápidas do jovem pelos lados do campo.

- É legal ter o apelido de Di Maria, mas não deixo isso me influenciar, não deixo essa questão subir à cabeça. Sei que sou muito novo no futebol, estou começando agora, falta muito ainda para conquistar meus objetivos e chegar ao alto nível. Acompanhava muito o Di Maria quando ele era do Real Madrid, é um grande jogador, sem dúvida, e o admiro muito - disse Guilherme.

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