Com recuperação veloz, Moisés fará exame e deve iniciar treinos com bola

Jogador operou o pé esquerdo há menos de três meses e já pode iniciar a última etapa antes de voltar aos gramados, o que deve acontecer ainda no mês de maio. Meia fala ao L!

Moisés - Palmeiras (FOTO: Cesar Greco/Palmeiras)
Moisés já abandonou a muleta e está próximo de treinar com bola (FOTO: Cesar Greco/Palmeiras)

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A quinta-feira será de decisão para Moisés. O meia fará um exame de imagem no pé esquerdo, operado há dois meses e 20 dias, para saber se já tem condições de treinar com bola. A expectativa é boa e a rapidez da recuperação surpreende.

- O esperado era que a lesão demorasse quatro meses para cicatrizar e que a partir do quarto mês a gente começasse a aumentar a carga de trabalho, mas ele já está tolerando evolução de carga. Vamos ganhar bastante tempo nisso. Talvez seja o último raio-x de controle. Dependendo do resultado, será liberado para treinar com bola - disse o fisioterapeuta Jomar Ottoni.

Uma vez liberado para os treinos com bola, Moisés passará por um período de readaptação e terá de intercalar atividades no campo com musculação. A liberação para os jogos dependerá da evolução, mas ele pode ficar à disposição em maio.

Em 2013, no Galo, Cuca pediu a contratação de Moisés. Jogador acabou ficando na Portuguesa e depois foi para o Rijeka, da Croácia

Depois de se destacar nos dois amistosos de pré-temporada, no Uruguai, o camisa 28 fraturou o pé logo em seu primeiro jogo oficial, contra o Linense. A missão de recuperar espaço pode ser facilitada porque Cuca o conhece desde os tempos de América-MG e pediu sua contratação em 2013, no Atlético-MG. Embora tenha se animado com a chance de disputar o Mundial de Clubes, o jogador acabou ficando na Lusa.

- Eu fiz bons jogos contra times do Cuca, mas perdi a final do Mineiro para ele em 2012. Agora espero conquistar títulos ao lado dele - disse o meia, ao LANCE!.

- Quando você está em casa, sem poder fazer nada, você vai ficando nervoso. No começo eu descontei na comida, sou muito viciado em doce. Mas agora estou mais tranquilo. A gente começa a ficar ansioso pela volta e trabalha ainda mais forte, porque está bem perto - completou.

Confira um bate- bola exclusivo com Moisés:

LANCE!: Como aconteceu a lesão?
Moisés: Na hora que eu fui arrancar, o Zé Antônio, que inclusive é meu amigo e jogou comigo, acabou me dando um pisão. Logo em seguida ele me levantou, pediu desculpas, disse que foi sem querer. E realmente foi um lance totalmente casual, ele estava na corrida. Não fica nenhuma mágoa, a gente sabe que isso pode acontecer. Ele não teve nenhuma maldade.

"O Zé Antônio, que inclusive é meu amigo e jogou comigo, acabou me dando um pisão. Ele não teve nenhuma maldade", diz Moisés

Na hora já dava para sentir que era algo mais grave?
Esse lance foi aos 46 do primeiro tempo. Logo que eu levantei já não conseguia mais correr. Fiquei enrolando só para acabar o primeiro tempo, mas ali eu já vi que tinha sido alguma coisa mais grave porque não conseguia nem andar direito.

Foi sua primeira lesão séria?
Eu já fiz artroscopia no joelho, coisa simples, nunca tinha ficado tanto tempo sem jogar. Nunca tive nem lesão muscular, então não estou acostumado com esse momento, por isso também bateu a tristeza.

Você chegou falando até de Mundial, mas acabou ficando fora de toda a Libertadores. Frustrou?
Foi imensa a frustração, até porque me machuquei no sábado e na terça já era a estreia na Libertadores. Foi triste, foi difícil, mas a gente tem que levantar a cabeça, começar a superação no trabalho de fisioterapia, porque faz parte do futebol.

Como está a recuperação?
A previsão era de que eu voltaria só em junho, mas tudo indica que vou estar de volta em maio. A evolução está muito boa, mas temos de ter cuidado. A previsão era de quatro meses, tem dois e meio agora.

Confira um bate-bola com o fisioterapeuta Jomar Ottoni:

LANCE!: Moisés tem evoluído bem?
Jomar:
Quando se trata de cirurgia e de fratura tem de ter cuidado redobrado, principalmente no controle. Esse controle é feito por imagem. A gente obedece uma progressão de carga e vai fazendo imagem para ver como a estrutura reagiu. Vem surpreendendo a gente na questão de carga tolerada, sempre com imagem melhor.

Com a liberação dele para os treinos no campo, quais serão os passos seguintes?
Não pode chegar e jogá-lo no meio dos caras que estão voando. Ele vai passar por um período de readaptação, mais ou menos parecido com o que o Luan está fazendo. Ele fará um treino, às vezes a gente vai levar para a academia para tirar um pouco a carga. Também vai acontecer algumas vezes com o Cleiton Xavier, chama-se individualização. Ele às vezes não estará no campo, mas não quer dizer que não vai estar treinando.

E a volta aos jogos?
Eu acredito que não vai levar muito tempo, por conhecê-lo e ver a resposta que ele tem. No início da pré-temporada, a gente teve de restabelecer o padrão muscular dele, mas no segundo jogo ele já estava como titular. É um atleta que responde rápido.

Antes da fratura houve um trabalho especial com ele?
Eu o conheço desde a época do América, é um atleta muito forte, que teve uma perda dessa força no período da Europa pela mentalidade do local em que ele estava, o treinador não gostava de trabalho de força. Mas não tem relação com a lesão, que foi uma fatalidade.

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