‘Cabeça vencedora, grupo forte e futuro promissor: legado da era Cuca’

Técnico foi a última peça que fez a engrenagem do futebol palmeirense funcionar bem após o início da reformulação em 2015. Sucessor terá de enfrentar algumas mudanças

Cuca
(Foto: Cesar Greco)

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Antes de sair, Cuca disse que o Palmeiras estaria bem servido em 2017 com ou sem ele. De fato, o técnico era mais um na engrenagem que funcionou bem no futebol do clube em 2016. Seu sucessor (provavelmente Eduardo Baptista) encontrará um bom legado, mas também dúvidas e pressão.

O principal feito do técnico campeão brasileiro foi dar ao elenco uma mentalidade vencedora. Obcecado pelo trabalho, Cuca encontrou um time que fazia grandes jogos contra os principais clubes do Brasil, mas escorregava contra adversários menores. No Brasileiro, o Verdão foi acima de tudo cascudo: os jogadores sabiam do que precisavam fazer pelo título e venciam, jogando bem ou mal, times grandes ou pequenos, dando poucas chances. Não à toa o Palmeiras terminará o campeonato como líder em 29 das 38 rodadas.

Com uma comissão técnica encorpada, o atual comandante conseguiu integrar os diferentes setores como seu antecessor, Marcelo Oliveira, não conseguiu, por exemplo. Isto desde a parte física até o departamento de análise de desempenho. Toda o aparato montado pelo clube desde sua reformulação em 2015 criou um departamento forte, sob o comando de Alexandre Mattos e Cícero Souza. Manter o que está sendo feito por eles é importante.

Para isto, o clube deve ter atenção nas saídas. Cuca, Cuquinha e Eudes Pedro não renovaram e na quinta o clube foi informado do pedido de demissão de Alberto Valentim, auxilar da comissão técnica fixa. Querido pelos jogadores, o funcionário é quem aplica muitos dos treinos da semana e detalha informações aos novos técnicos. O substituto de Cuca não terá isto.

Encontrará, porém, um elenco forte e já bem reforçado com Hyoran, Raphael Veiga e Keno - Alejandro Guerra deve ser o quarto contratado para 2017. Opções não vão faltar para quem assumir o Palmeiras, mas o novo técnico terá de saber lidar com a pressão de substituir um palmeirense que encerrou um jejum de 22 anos no Brasileiro e se despediu como ídolo e, mais uma vez, a expectativa por um bom papel na Libertadores. 

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