Palmeiras questiona ‘pressa’ do TJD-SP e levará recurso da final ao STJD

Clube já via indícios de que o Tribunal Estadual engavetaria o processo para impugnar a decisão do Paulista. Agora, levará o caso ao Rio até o começo da próxima semana

Maurício Galiotte tem reunião com o elenco do Palmeiras
Maurício Galiotte está incomodado com a falta de investigação do TJD-SP (Foto: Cesar Greco)

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O Palmeiras deve enviar até quarta-feira o recurso ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para impugnar a final do Campeonato Paulista. Após um processo que pessoas no clube consideraram "apressado" no TJD-SP, o clube levará o caso à entidade no Rio de Janeiro. A intenção é provar a interferência externa na decisão contra o Corinthians, dia 8 de abril.

A derrota no TJD-SP já era algo imaginado no Verdão. Fontes próximas ao Palmeiras contestaram a postura do tribunal durante todo o processo, considerando que desde o início havia a intenção de apenas engavetar o caso, sem investigar, de fato, se houve a interferência.

O primeiro motivo para isso foi o arquivamento do pedido feito pelo Palmeiras para investigar as ocorrências no Dérbi. Além de depoimentos contraditórios dos envolvidos na arbitragem do jogo, o clube entregou o que tinha de material para comprovar que a anulação do pênalti de Ralf em Dudu ocorreu por participação externa.

O TJD-SP tinha 15 dias para estudar as provas, podendo prorrogar por outros 15, tendo, portanto, até um mês para análise. Preferiu, porém, informar após sete dias que não havia provas suficientes para dar sequência ao caso. 

Depois da primeira negativa, o clube então entrou com o pedido de impugnação da final, mediante um longo relatório, este incluindo até pareceres técnicos, como o relatório da Kroll, empresa de investigação privada, e laudo do IBP (Instituto Brasileiro de Peritos), conteúdo internamente considerado farto para provar a interferência.

Só que o presidente do TJD-SP informou na sexta que não iria nem julgar o mérito, alegando que o Palmeiras perdeu prazo para pedir a anulação. A decisão é contestada por outros juristas especializados na área e pelo próprio clube.

Maurício Galiotte tem feito seguidas críticas à forma como o caso tem sido tratado. Ele, inclusive, não irá a seu julgamento, segunda-feira, no TJD-SP, por conta da entrevista em que tratou o Estadual como "Paulistinha". O presidente do Palmeiras pode ser suspenso, mas não mandará nem defesa, para mostrar seu incômodo com a investigação.

As provas que serão enviadas ao STJD são basicamente as mesmas que estavam em posse do TJD. Se nem nesta instância tiver sucesso, o Verdão pode levar o caso ao CAS (Corte Arbitral do Esporte), na Suíça.

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