Após dez anos, Palmeiras volta ao palco do ‘cala a boca’ de Palaia a Tite

Então diretor de futebol se revoltou após a derrota do Verdão no Arruda, em 2006 e crise gerou a saída do técnico da Seleção. O tempo mostrou quem acertou neste caso...

Tite
Lucas Figueiredo - CBF

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Há o torcedor que se pergunta: o que aconteceria com o Palmeiras se Tite não tivesse deixado o clube, em 2006? A saída foi conturbada depois de um "cala a boca" dito a ele pelo então diretor de futebol, Salvador Hugo Palaia. Dez anos depois, o Verdão volta ao palco da discórdia, o estádio do Arruda.

O atual técnico da Seleção havia iniciado mal sua passagem pelo Verdão e até a pausa para a Copa do Mundo tinha uma vitória e quatro derrotas. Depois do Mundial, as coisas mudaram: o time ficou 11 jogos sem perder, estava em franca reação e se afastando do risco de rebaixamento. 

Até que depois de uma vitória em seis jogos, Palaia estourou no dia 21 de setembro, quando o Palmeiras perdeu por 3 a 2 para o Santa Cruz no Arruda. Foi a última vez que os times se enfrentaram no local, a casa do duelo desta segunda-feira, às 20h, pela 28ª rodada do Brasileiro.

Depois daquele jogo, o diretor de futebol deu a famosa declaração:

- O conselho que eu dou para o Tite é ele calar a boca e parar de criticar a arbitragem - dissera Palaia.

Este foi o motivo pelo qual o treinador pediu demissão, alegando "quebra de confiança". Antes de sair, Tite ainda teve de enfrentar torcedores enfurecidos no desembarque do Recife. O dirigente mostrou-se aliviado à época.

- O Tite chegou na hora certa e está saindo na hora certa. O grupo estava deteriorado e senti os jogadores desestabilizados - justificou Palaia.

Naquele ano, o Palmeiras brigou para não cair no Brasileiro - a boa sequência com Tite acabou tendo peso importante para evitar a queda. Em compensação, o treinador acumulou taças desde então: nove, contando o bi no Brasileiro, a Libertadores e o Mundial todos pelo maior rival do Verdão, o Corinthians, onde hoje é um ídolo.

Hoje, Tite é o comandante da Seleção e a maior esperança para a recuperação do futebol brasileiro. Palaia, que pouco após a briga com Tite ficou marcado por criar a "autoentrevista", perdeu espaço no cenário político do Palmeiras. O tempo mostrou quem estava certo?

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