A volta por cima do campeão Odair Santos no Mundial Paralímpico

Cinco dias depois de perder a chance de vencer mais uma vez os 5000m da T11 por hipertemia, paulista supera o calor do Qatar e ganha a prova de 1500m

Odair Santos (de azul) corre para bater o recorde nos 800m rasos (Crédito: Beto Monteiro/Exemplus/CPB)
Odair Santos ganha a sétima medalha brazuca no Mundial paralímpico (Crédito: Beto Monteiro/Exemplus/CPB)

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Odair Santos se recuperou em grande estilo no Mundial de Atletismo Paralímpico de Doha. Cinco dias depois de ter sofrido uma hipertemia durante a prova de 5.000 categoria T11 (cego total) e ter caído três vezes durante a prova, perdendo a chance de manter o título mundial conquistado nesta prova no Mundial-2013 em Lyon, nesta sexta-feira o meio-fundista ganhou a sétima medalha do Brasil na competição, ao vencer a prova de 1500m na categoria T11 (cego total) com tempo de 4m08s48 (o melhor do ano na categoria). Ele terminou à frente do chileno Cristian Valenzuela (4m14s e que foi ouro nos 5000m) e do turco Hasan Kacar (4m16s58).

Um dos mais vitoriosos atletas do país, dono de sete medalhas em paraolimpíadas - sendo prata em Atenas-2004 (T12, baixa visão) e Londres-2012 (já na T11) nos 1500m - campeão mundial em 2011 e 2013 e ex-recordista mundial dos 1500m, o paulista de Limeira entrou como favorito e foi soberano, mantendo folgada a liderança desde os 400m iniciais.

- O que eu posso dizer é que tudo acontece por uma razão. Há alguns dias eu estava liderando a corrida de 5000m, mas infelizmente caí e acordei no hospital. Deus tem suas razões para tudo e felizmente esta vitória nos 1500m é a minha redenção - disse em entrevista ao site oficial da competição.

Não foi apenas Odair que se destacou no time brazuca. O penúltimo dia de provas do Mundial começou com um bronze de Ana Claudia Dias nos 100m T42. Ela marcou o tempo de 15s48, ficando atrás da italiana Martina Caioroni, que fez 14s61 e quebrou o recorde mundial, e da alemão Vanessa Low tem 15s41.
Na entrevista concedida após a prova, Ana Claudia não escondeu a surpresa com a conquista:

- Quando cheguei aqui, estava esperando por uma medalha no salto em distância, que é a minha especialidade. Por isso, não estava esperando qualquer medalha nos 100m. Estar na final já era uma vitória. Por isso, não conseguia acreditar quando vi o resultado na tela.

Considerando as finais ocorridas até a prova de Odair, o quadro de medalhas mostra o Brasil na sétima posição em número de ouros e em quarto lugar no número de medalhas, com 7 ouros, 12 pratas e 13 bronzes. A liderança é da China (36 ouros 26 pratas e 15 bronzes), seguida da Rússia (21 ouros, 17 pratas e 21 bronzes) e Estados Unidos (13 ouros, 12 pratas e 9 bronzes).

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