Segundo brasileiro na World Series dribla ano de lesões e encanta cartola
Yan Gomes, do Cleveland Indians, tenta recuperar posto na Major League de beisebol. Time aguarda adversário da final, que sairá do duelo entre Los Angeles Dodgers ou Chicago Cubs
O Brasil não parou de fazer bonito na Major League de Beisebol (MLB), mesmo após Paulo Orlando conquistar o primeiro título de um atleta do país no torneio, com as cores do Kansas City Royals, no ano passado. Desta vez, quem caminha para repetir o sucesso é Yan Gomes, catcher do Cleveland Indians, mesmo após uma temporada de lesões.
O time se classificou para a final (World Series) na última quarta-feira, ao derrotar o Toronto Blue Jays por 3 a 0 e fechar a série melhor de sete por 4 a 1. A decisão começa na terça, contra o vencedor do confronto entre Los Angeles Dodgers ou Chicago Cubs. O segundo vence por 3 a 2.
Primeiro brasileiro a atuar por um time da MLB, pelo Blue Jays em 2012, o jogador começou o ano como titular, mas acabou perdendo vaga para Roberto Pérez nos playoffs após uma sequência de problemas físicos. Do banco, viu a equipe eliminar o Boston Red Sox e o seu ex-time.
Yan ainda não teve a chance de disputar os playoffs, mas segue no elenco de 25 jogadores. Ele é opção do técnico Terry Francona para as partidas da final.
O drama começou em julho, quando o atleta sofreu um deslocamento do ombro direito. Durante a reabilitação, em setembro, o brasileiro foi atingido por um arremesso e fraturou a mão direita. O período de reabilitação foi estimado entre seis e oito semanas, o que poderia deixá-lo fora do restante do ano. Mas, em apenas 18 dias, já estava de volta.
Presidente do Indians, Chris Antonetti ficou encantado com a capacidade do jogador de voltar à ativa em tão pouco tempo.
– Para se ter ideia do quanto ele trabalhou e tudo o que passou no decorrer da temporada, você não poderia escrever um roteiro melhor do que este. Fiquei muito feliz por ele – disse o cartola.
O Indian não conquista a World Series desde 1948. A última vez em que o time chegou à decisão foi em 1997.
