Presidente da CBB culpa gestão passada por fracasso da Seleção

Após o quarto lugar na Copa América, Guy Pexoto parabenizou o time feminino por 'aceitar o desafio de vestir a camisa brasileira em um momento de transição'

O presidente Guy Peixoto Jr já assinou contrato com a empresa de renome que fará auditoria na CBB
Seleção Brasileira feminina não ficava de fora do Mundial desde 1959 Giovanni Kleinübing/CBB

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O fim da campanha da Seleção Brasileira feminina de basquete na Copa América de Buenos Aires, na Argentina, mostrou quanto trabalho a atual gestão terá pela frente. Nesta terça-feira, o presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Guy Peixoto, culpou a gestão anterior, comandada por Carlos Nunes, pelo quarto lugar na competição e a não classificação para o Mundial de Espanha, no próximo ano.

- O resultado, é verdade, não foi o que almejávamos, mas isso só expõe como o naipe feminino foi tratado pela gestão que nos antecedeu, com oito anos de total descaso e sem nenhum trabalho efetivo para que esse panorama mudasse - afirmou através de uma nota oficial. 

O comandante da CBB desde março deste ano aproveitou para parabenizar as atletas que aceitaram 'o desafio de vestir a camisa brasileira em um momento de transição. Sem verbas para mandar a equipe para a competição, Peixoto conta que uma parceira com a Prefeitura Municipal de Pindamonhangaba e a FUNVIC viabilizou a ida da Seleção. 

O presidente explica que este é um momento de 'colocar a casa em ordem' e de profundas análises, já visando o ciclo olímpico. 

- E, com a não conquista da vaga, o momento é de profundas análises, envolvendo os setores mais importantes do naipe feminino, para que possamos traçar o planejamento de um novo ciclo olímpico, enfocando a base e a massificação do esporte.

Confira, na íntegra, a nota emitida pelo presidente Gut Peixoto:

'Quero iniciar parabenizando as jogadoras e a comissão técnica da Seleção Brasileira Feminina pela garra e determinação demonstradas dentro de quadra, além de aceitar o desafio de vestir a camisa brasileira em um momento de transição. O resultado, é verdade, não foi o que almejávamos, mas isso só expõe como o naipe feminino foi tratado pela gestão que nos antecedeu, com oito anos de total descaso e sem nenhum trabalho efetivo para que esse panorama mudasse.

Da forma como encontramos a Confederação Brasileira de Basketball (CBB), enfrentando graves e sérios problemas nos mais variados setores, além do descredito, tivemos que nos desdobrar para que esta Seleção Brasileira Feminina pudesse entrar em quadra, já que não havia recurso destinado para essa finalidade; pior do que isso, sem nenhuma perspectiva de entrada, já que hoje a nossa entidade não conta com patrocinadores ou mesmo apoiadores, além de não estar recebendo as importante e necessárias verbais federais, devido a problemas herdados da administração passada, que, na medida do possível, estamos sanando.

Mas, com a qualidade do time que montamos para a atual gestão da CBB, firmamos parceria com a Prefeitura Municipal de Pindamonhangaba e com a FUNVIC, fato este que viabilizou a preparação da equipe para esta importante disputa. É verdade, que não tivemos o tempo necessário para que o técnico deixasse a equipe na condição ideal para buscar a vaga no Campeonato Mundial, mas foi o que conseguimos fazer neste momento de reconstrução.

E, com a não conquista da vaga, o momento é de profundas análises, envolvendo os setores mais importantes do naipe feminino, para que possamos traçar o planejamento de um novo ciclo olímpico, enfocando a base e a massificação do esporte, uma vez que hoje, o Brasil tem uma gama pequena de atletas em suas categorias formadoras, o que acarreta em pouca reposição na categoria adulta. E, se isso persistir será complicado formar gerações preparadas e vencedoras.

Estamos buscando e trabalhando diariamente para ‘colocar a casa em ordem’, só que não existe uma maneira de antecipar etapas ou fazer aquilo que está longe do nosso alcance, muito menos ficar se lamentando, por isso, seguimos acreditando sempre que coisas melhores e maiores chegarão. A meta é seguir batalhando para recolocar o basquete nacional em seu devido lugar; estamos cientes que muita tem que ser melhorada, mas o crescimento será gradual e dentro do seu tempo específico, já que foram muitos anos de descaso e incompetência administrativa.

Muito obrigado,
Guy Peixoto Jr'

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