Precursor da canoa havaiana participa de expedição para arquipélago de Alcatrazes

Evento acontece no domingo com saída de São Sebastião e maiores nomes da canoa do país

Fabio Paiva
Divulgação

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Grandes nomes da canoa havaiana no Brasil seguem confirmando participação na expedição para o arquipélago de Alcatrazes que reunirá os maiores nomes do esporte no país no domingo, dia 19 de novembro, uma expedição inédita ao arquipélago localizado a 40 quilômetros de distância da costa de São Sebastião (SP), litoral norte do estado de São Paulo. A cidade de Santos (SP), o maior polo do esporte do país, virá em peso com quase todos os clubes e destaques nacionais para a expedição.

Precursor do esporte no Brasil em 2000, Fabio Paiva, de 54 anos, que nasceu em São Paulo, mas com apenas três meses de idade foi para Santos (SP), estará junto na travessia que vai reunir entre 60 e 70 atletas em cinco ou seis canoas de até seis remadores cada. Com ajuda de barco de apoio os remadores irão de revezar pelos quase 100 km que serão percorridos entre ida e volta e mais 15km circulando pela segunda maior área de preservação marinha do Brasil que está fechada desde o início da década de 80 para exercícios de tiro da Marinha. O local, que possui 67 mil hectares e 13 ilhas foi usado como tal até o ano de 2013, há um ano foi oficializado como refúgio de vida silvestre e será liberado para o ecoturismo a partir de janeiro de 2018 através de uma portaria publicada pelo Governo Federal no fim de setembro.

A expedição, que conta com a organização da Prefeitura de São Sebastião e tem a autorização do Núcleo de Gestão da ICMBio (Instituto Chico Mendes de Biodiversidades), será o primeiro evento esportivo que Alcatrazes irá receber em quase quarenta anos e contará com remadores de São Sebastião (SP), Santos (SP), Ilha Bela (SP), Caraguatatuba (SP), Ubatuba (SP), Rio de Janeiro (RJ), Niterói (RJ), Angra dos Reis (RJ), Porto Belo (SC), entre outras cidades.

O santista Fábio Paiva comemorou a oportunidade: "Abandonei há três temporadas a área competitiva depois de tantos anos dedicados, hoje me atraem mais os desafios, e Alcatrazes será fantástico por isso. O município de São Sebastião é banhado pelo mar, potencial natural incrível, Alcatrazes fazer parte de São Sebastiao e ser aberto ao público é fantástico. Entendo que para preservar é preciso conhecer, quanto mais pudermos envolver as pessoas na natureza, na beleza natural, mais teremos pessoas engajadas no mesmo propósito que é preservar", disse Fábio que já fez 110km em um mesmo dia dando volta pela Lage de Santos e Calhaos e também o Down-Wind, remando a favor do vento em experiências como a travessia Malokai-Oahu, no Havaí, que é considerado o mundial das canoas havaianas, e os ventos alíseos no Ceará.

Fábio Paiva tem história no esporte. Ele introduziu a canoagem oceânica no Brasil onde conquistou 15 vezes o título Brasileiro, foi campeão Sul-Americano, medalha de Prata no Mundial de Oceânica, a Volta da Ilha da Madeira, em Portugal. Ele entrou no rafting onde foi tricampeão Brasileiro, prata nos Jogos Mundiais da Natureza, sétimo no Mundial descendo a maior corredeira do mundo que divide a Namíbia com a África do Sul, e em 2000, quando fazia viagem por Kalahari, no na África do Sul, decidiu trazer a canoa havaiana ao Brasil junto com o Ronald Willians para Santos (SP) e desde então passou a fomentar do esporte no Brasil criando a ABRACHA, Associação Brasileira de Canoa Havaiana, e em 2001 organizou a primeira prova no país e depois iniciou o Circuito Brasileiro : "Precisei de um investimento para poder desenvolver a canoa havaiana no Brasil. Primeiro em identificar lugares estratégicos para começar como Berioga (SP), a raia Olímpica da USP, o Lago Paranoá em Brasília e Lagoa da Conceição em Florianópolis. Tive que vender um apartamento e transformar tudo em canoa e fazia leasing, as pessoas me pagavam R$ 350 por mês até pagar total e já recebima antes, era a única forma de introduzir o esporte porque ninguém sabia o que era canoa e dizer para as pessoas que tinha um negócio que pesa 200kg, mede 14 metros era algo um pouco difícil. Mas disponibilizando ela com esse custo baixo e fomentar pelas regiões do país conseguimos ainda mais com os lugares espetaculares que temos no Brasil com o esporte que pode ser praticado não só em mares, mas em lagoas, represas. Ir para o mar é atraente, é terapia pura".

Santista coordena projeto social para jovens em São Sebastião e para sobreviventes do câncer de mama em Santos (SP)

Fábio tem negócios relacionados à canoa na baixada santista que movimentam em torno de 150 remadores por dia e cerca de 350 aos finais de semana. Ele também desenvolve três projetos sociais para 40 alunos cada. Um deles, unido ao Verde Escola, atende crianças e adolescentes carentes da comunidade Vila Sahy, em São Sebastião (SP), com apoio do CMDCA, Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, onde leva a canoa havaiana para meninos e meninas do município: "É em uma área de muita vulnerabilidade e em um ano estamos conseguindo um resultado muito expressivo, temos uma dinâmica muito grande com disciplina, trabalho em equipe, coorporativismo, eles estão mudando como ser-humano e já estão surgindo alguns talentos, se Deus quiser em um ano estaremos trabalhando esses talentos. São pessoas que seguiram o caminho do esporte e não das drogas, pessoas valorizadas, integradas, focadas em coisas saudáveis", aponta Paiva que possui dois outros projetos em sua cidade natal, um deles há dez anos voltado para a terceira idade principalmente diabéticos e com problemas de depressão que é renovado a cada três meses e outro trabalho com sobreviventes de câncer de mama em parceria com a UNIFESP que fornece equipe multidisciplinar.

"Costumo dizer que tenho amigos idosos de 35 anos e jovens de 80, consequência do trabalho que desenvolvemos em Santos. Queria trabalhar o futuro da nação que são os jovens e uma doença e daí as coisas caíram para mim como missão e há um ano e meio trabalho com sobreviventes do câncer de mama e é comprovado que remar ajuda. Estamos identificando os dados e em breve divulgaremos o relatório catalogado, mas os resultados que temos têm sido bem favoráveis, e teremos tudo para poder ampliar o projeto para outros municípios. O câncer de mama é o mal do século, a cada três mulheres uma tem câncer de mama, ou desenvolve ou não a célula, e na América do Sul é onde se tem a maior mortalidade em nível mundial. Esta doença está em segundo lugar em mortalidade com a doença atrás apenas do da de pele."

Tetracampeão Sul-Americano e referência do esporte e de Santos (SP) participam

A cidade de Santos estará em peso com mais de vinte remadores de quase todos os clubes. Outro nome de destaque da cidade é Felipe Neumann, do clube Poseidon, também fará sua participação. Praticante do esporte desde 2002, ele tem quatro títulos do Sul-Americano, Brasileiro, já foi semifinalista no Mundial do Canadá, realizado em 2012, de canoa polinésia, similar à canoa havaiana, seis títulos brasileiros individual, sete títulos do Paulista.

"Expectativa é grande, torcendo por um bom tempo, o dia chegar e como vai ser. Será um negócio diferente, importante para a galera da canoa sentir o que se fazia antigamente que eram essas travessias para ilhas, será uma navegação bem bacana", disse.

José Paulo,que rema desde 2005 e partipou de campeonatos nacionais, Sul-Americanos,competições pelo mundo e fez diversas travessias pela baixada santista, litoral norte de São Paulo e sul do Rio de Janeiro, desenvolve um trabalho de profissionalização da canoa havaiana na busca pelo crescimento do esporte em Santos (SP) e é referência da canoa caiçara, uma vertente da canoa havaiana, onde atuan nas praias de Paúba e Toque-Toque Pequeno, Litoral Norte de São Paulo: "Os caiçaras tem uma grande cultura de respeito ao mar, eles tiram a subsistência deles da terra e do mar, então estão bem conectados, algo que é bem semelhante à cultura polinésia de onde deriva o esporte. A marca "Canoa Caiçara" simboliza um misto de culturas e regiões diferentes unindo a tradição polinésia de canoagem oceânica e a nossa cultura local das canoas tipicamente caiçaras."

​O santista está animado com a travessia para Alcatrazes: "A expectativa é muito boa, vários amigos vão se reunir nessa remada para fazer o que gostamos. Desde que iniciei a escola em Paubá sabia que essa remada poderia acontecer pois dela dá para ver Alcatrazes de longe, mas sempre foi uma ilha fechada para visitação, então teremos essa oportunidade única. Estamos nos preparando física, mental e espiritualmente, a logistica é muito grande, muitas pessoas envolvidas, equipamento, barco de apoio, equilíbrio das equipes, a galera que está organizando está de parabéns. Será um prazer".

"Estamos cada vez buscando mais a profissionalização do esporte.Travessias como essa que estão sendo cada vez mais constantes demandam de um profissionalismo, da galera saber o que está fazendo, a galera que atua na área sempre precisa ir se atualizando. Não é simplesmente ir para o mar, estamos em uma embarcação que é milenar, que tem uma história, uma cultura. Estamos trabalhando pela profissionalização e para que tudo seja da melhor e forma mais segura possível"

Top 10 do Brasil de ondas gigantes do surfe e natural de São Sebastião, Alemão de Maresias está entre os participantes e organizadores

A expedição tem a organização de Geórgia Michelucci, servidora pública, que faz parte do projeto da Prefeitura de Sao Sebastião "Canoa para Todos" e fundadora do clube São Sebá VA´A (nome que se dá à canoa havaiana) em São Sebastião, Douglas Moura (Puro Suco/Evoke/Jeewin Sports Care/Angelo Boechat Idiomas/Academia Niterói Swim/Raldrei Natividade Fisioterapia/Rpilates), de Niterói (RJ), um dos principais nomes do esporte no país, e Edílson Assunção, mais conhecido como o Alemão de Maresias, natural de São Sebastião (SP) e um dos dez maiores surfistas de onda gigantes do Brasil que tem a canoa havaiana como uma grande paixão.

Os preparativos seguem em andamento e Geórgia Michelucci explica o itinerário a ser realizado começando no dia anterior, 18 de novembro, com briefing, e largada a partir das 5h de domingo, dia 19: "A expedição só é possível diante da parceria com a prefeitura de São Sebastião. Ela começará um dia antes, no dia 18 de novembro, onde no meio para o fim da tarde faremos um briefing no Observatório Turístico que fica na Rua da Praia. Será um briefing ambiental do ICMBio falando sobre todas as regras na chegada à ilha para os remadores, o staff e imprensa que quiser estar presente. Na sequência teremos o briefing técnico dos remadores explicando as condições que teremos do mar, carta náutica, horário de saída, como serão as trocas de revezamento. Teremos palestra do Fausto Pires que tem um grande acervo sobre Alcatrazes e um dos que mais brigou para que Alcatrazes fosse tombada como refúgio. Ainda teremos uma exposição de fotos de fotógrafos do Município com imagens da região.

"A história do arquipélago para nossa região e também para o Brasil. Durante 30 anos lutamos para que essa área deixasse de ser área da Marinha, há pouco tempo atrás o arquipélago era alvo da Marinha e do continente, das praias de São Sebastião víamos e ouviamos os exercícios e os tiros e bombardeis. É uma conquista para nós e essa expedição será nosso primeiro momento como comunidade em fazer a chegada no arquipélago e com essa filosofia que tem a canoa havaiana. O enfoque como esporte é muito importante, mas também no ponto de vista sócio-ambiental que é uma conquista", revelou Maria Cecília Borgse, remadora caiçara e defensora do mangue do Araçá, situado em São Sebastião ao lado do porto.

Alemão de Maresias, que pratica o surfe há 30 anos contou sua experiência com a canoa havaiana e o quanto ela ajuda em seus treinamentos para ser um dos dez maiores surfistas de ondas gigantes do país: "Ela é a mãe dos esportes que eu pratico e junto com Stand Up Paddle são os esportes que mais me motivam atualmente. O que mais gosto é pegar ondas gigantes, mas tenho como base no treinamento a cano havaiana e o Stand Up em competições e travessias de longa distância, ajudam muito no meu preparo físico e psicológico", disse o natural da cidade do litoral norte de São Paulo que soma títulos na canoa havaiana na Volta da Ilha de Itaparica (BA) em 2016 e o vice-campeonato na Volta da Ilha de Sto. Amaro no mesmo ano.

"A canoa havaiana entrou na minha vida não foi por acaso, já vinha procurando conhecer a cultura polinésia e havaiana. Existe a cultura havaiana, mas a polinésia de onde há os taitianos, havaianos, rapanues e os neozelandeses com uma cultura muito grande de navegação e quando conheci essa cultura estando no Tahiti, na Ilha de Páscoa é que passei a conhecer a essência da canoa havaiana e vi que ela é parte das famílias. Lá cada família tem oito, dez canoas e membros da canoa praticam, é um esporte que une as pessoas e famílias. Vendo essa tradição me empolguei mais em viver a canoa havaiana em minha região, indo aos clubes e participando de travessias de longa distância, uma das coisas mais incríveis com amigos, parceiros e amantes do mar como sou".

Douglas Moura, natural de Niterói (RJ), fundador do Icarahy Club de Canoa, um dos grandes nomes do esporte no país, praticante do esporte desde 2005 e já esteve em competições como a Vendee VA´A, a segunda maior do mundo, realizada na França, entre outras mundo afora além de ter realizado cerca de dez expedições pelo Rio de Janeiro e São Paulo, destacou o significado da travessia e as expectativas para o trajeto: "Quando você está reunindo grandes nomes do esporte no Brasil de modo que remete à origem do nosso esporte é algo muito significativo que não remete ao lado competitivo. O espírito da canoa estará presente em todos os momentos com união, respeito, alegria, diversão, um dando o suporte ao outro e todos completarmos felizes, sem egos", afirmou: "É um trajeto duro, não teremos local para abortar caso não esteja seguro, é diferente de você fazer 40km pela costa ou mar adentro, é um trajeto bem difícil e demandará resistência e navegação precisa. Estamos falando em remar mais de 80 km num dia só, desafiador para a mente. Como estaremos diante de grandes nomes da canoa, caras experientes, com certeza absoluta teremos um dia inesquecível pois estaremos juntos e completaremos".

Serviço:

Dia 18 de Novembro, sábado - Briefing ambiental do ICMBio sobre o arquipélago + Briefing Técnico no Observatório Turístico na Praia Grande - São Sebastião (SP)

Dia 19 de Novembro, domingo - Saída em torno das 5h da Praia Grande em direção ao arquipélago com chegada prevista para 9h ou 10h + volta no arquipélago + duas horas de exploração do local e mergulho - Retorno no início/meio da tarde

Cerca de 60 remadores e 100 pessoas envolvidas na expedição

O veículo de imprensa que desejar cobrir o evento entrar em contato com os números e email abaixo.

Sobre Douglas Moura


- Formado em Administração com MBA em logística empresarial, Sócio-Fundador do Icarahy Clube de Canoa, ele é atleta do NTR e praticante de Canoa Havaiana desde 2005. Em competição disputou provas como a Rio VA`A, Santo Amaro, Vendee VA`A (maior da europa e 2ª maior do mundo, na França), Vancouver Island Challenge (Canadá); Lotus VA`A Challenge. Realizou seis expedições em canos havaianas individuais: Paraty Mirim - Trindade - primeiro a desbravar a rota; Paraty Mirim - Ubatuba - primeiro a desbravar a rota e até hoje ainda não foi feito novamente; circunavegação Ilha Grande; Niterói - Saquarema - único a fazer essa rota, Angra dos Reis - Aventureiro e diversas remadas menores pelas ilhas do Estado do Rio de Janeiro. Organizador de sete expedições em grupo para as ilhas do Rio de Janeiro. É autor do "Canoa Havaiana com consciência", cujo objetivo e conscientizar os atletas amadores e amantes do remo sobre a importância do conhecimento de regras para navegação segura. Autor de programas de Team Bulding usando a canoa como ferramenta - Empresas relevantes: GE; Adagio Hotel; Mercure Ipanema






Sobre Geórgia Michellucci - Foi bailarina bem cedo quando criança até os 30 anos de idade, foi profissional e dançou no Festival de Joinville nos anos 80, 90. Hoje é farmacêutica sanitarista , funcionária pública há 22 anos. Iniciou há três anos na canoa havaiana e fundadora do São Sebá VA´A , clube de canoa em São Sebastião, e atualmente comanda o projeto junto à prefeitura "Canoa para Todos" que integra saúde, meio-ambiente, esporte, educação, assistência social e desenvolvimento humano junto com mais duas servidoras. O projeto envolve desde crianças, adolescentes, idosos, mobilidade reduzida, APAE, funcionários com objetivo de vivência na canoa e a percepção de Unidade, onde "todos somos um", "juntos somos mais fortes", como resultado percebemos a união, a responsabilidade de cada um em cada ambiente. Canoa havaiana tem sido usada em práticas corporativas para despertar a integração do trabalho coletivo/colaborativo.

Sobre Alemão de Maresias - Edílson Assunção, conhecido como Alemão de Maresias, é especialista em surfar ondas gigantes e pratica o esporte há mais de 30 anos. Possui uma empresa de segurança aquática onde dá suporte a surfistas de ondas gigantes. Criador de eventos como o Desafio Water Man, Vola da Ilha Bela de Stand Up Paddle. Vice-campeão da Volta a Ilha de Santo Amaro 2016 categoria Mista 75 km, campeão da Volta da Ilha de Itaparica 2016 categoria Mista 80 km, pPioneiro na volta de Ilhabela 90 km de Paddleboard 2003

Sobre a canoa havaiana - Canoa Havaiana ou Canoa Polinésia, são nomes nacionalizados para denominar o esporte, que surgiu na região do triângulo polinésio e originalmente é conhecido como Va’a, Wa’a ou Waka. As canoas havaianas existem há mais de três mil anos e ajudaram os povos polinésios a colonizar novas terras no Oceano Pacífico. Os povos polinésios usavam as canoas como meio de transporte entre as ilhas e cada povoado construía suas canoas com características locais, por exemplo, no Havaí que possui mar agitado, as canoas possuem curvatura de fundo envergada, enquanto no Tahiti, as canoas possuem formato mais alongado e cockpit fechado. Ambas canoas possuem cerca de 14 metros e 50 cm de largura, com 3 partes em comum: o casco, chamado Hull, o flutuador lateral, chamado Ama e os braços que ligam a canoa ao flutuador, chamado Iakos.

A canoa utilizada na expedição é denominada OC6 para seis remadores.

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