De olho em 2016: Martine Grael e Kahena Kunze em busca de bons ventos no sonho olímpico

Jovem dupla da Vela integra seleção brasileira que representará o país na maior competição esportiva mundial

Martine Grael e Kahena Kunze
(Foto: Rogério Santana / Seelje)

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Martine Grael e Kahena Kunze já estão com os pés em 2016. Ou melhor, o barco. A dupla brasileira da Vela, integrante do Talentos RJ, programa de apoio ao esportista da Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude (Seelje), por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, busca na serenidade do mar, a calma necessária para aguardar a competição mais esperada da carreira: os Jogos Olímpicos do Rio. As atletas foram uma das primeiras a conquistarem a vaga após a sucessão de bons resultados em 2014, ano que foram campeãs mundiais na classe 49erFX, em Santander, na Espanha. A coroação pelo desempenho não poderia ter sido melhor: elas foram eleitas como as melhores velejadoras de 2014 pela Federação Internacional de Vela (ISAF), em Palma de Mallorca, também em território espanhol.

- O ano de 2014 foi incrível para nós. Além dos nossos resultados, vimos novas duplas evoluindo. E 2015 não foi diferente. Fomos vice-campeãs no Mundial, na Argentina, sendo que o nosso objetivo é sempre estar entre as cinco melhores duplas – afirmou Kahena, de 24 anos, que vem de uma família de velejadores.

A última competição da dupla neste ano foi a Copa Brasil de Vela, realizada este mês na Praia de São Francisco, em Niterói, onde Martine e Kahena ficaram em quinto lugar. O ano de 2015 também ficará marcado pela prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto (Canadá) e pela vitória no evento-teste, o Aquece Rio Regata Internacional de Vela, realizado em agosto. Antes dos Jogos Olímpicos, a meta é participar de, pelo menos, sete competições.

- É sempre bom estar competindo. A Vela é um esporte de requer experiência. Por isso, cada competição anterior à Olimpíada servirá como treino para nós – contou Kahena, que ainda falou sobre as expectativas para os Jogos:

- Ainda não caiu bem a ficha. É o sonho de qualquer atleta e ainda temos a chance de competir em casa. A medalha, se vier, é o resultado do nosso trabalho. Mas é claro que se ganharmos, vai ter um gostinho especial. O sonho olímpico está aqui e é agora – concluiu Kahena.

Brasil na Vela: 10 classes com 15 atletas


No último dia 21 de dezembro, a Confederação Brasileira de Vela apresentou a equipe brasileira da modalidade que irá representar o Brasil nos Jogos Olímpicos. São 15 atletas em dez classes que seguem em busca de bons resultados e medalhas. Martine Grael, filha do bicampeão olímpico Torben Grael, concorda com a parceira Kahena e avalia os dois últimos anos da dupla.

- Este ano foi acima do nosso esperado. Fomos ao pódio em todas as competições que participamos. Isso nos traz uma confiança para 2016, mesmo sabendo que o nível da nossa classe está bom muito – revelou Martine, que também tem 24 anos.

Este será a primeira participação olímpica da dupla e nada melhor do que competir em casa, ao lado da família e amigos. Tanto Martine, quanto Kahena já velejaram pela Baía de Guanabara e sabem que as águas são imprevisíveis.

- Agosto é totalmente imprevisível, por isso a Baía é um dos lugares mais legais de treinar. Há mudança o tempo todo. Pode fazer uma semana de vento forte lá fora (na parte aberta da baía) e, na semana seguinte, fica fraco. Então, não dá para acreditar na previsão – analisou Martine, que completa:

- Estamos no Talentos RJ desde que a gente começou. Isso foi uma vantagem, pois pudemos fazer um planejamento de longo prazo e exatamente durante o ciclo olímpico. Nos deu tranquilidade para seguir em frente na carreira. Me inspiro muito no Bernardinho (técnico da seleção masculina brasileira de Vôlei). Nada é feito sem esforço e dedicação. Se gosta do que faz, coloque seu coração e vá em frente – resumiu Martine.

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