Léo de Deus supera vírus e conquista três medalhas no Troféu Brasil

Diagnosticado com&nbsp;a doença mão-pé-boca há três semanas,&nbsp;nadador da Unisanta leva dois ouros e um bronze na competição de natação. Atleta é pré-convocado para o Pan-Pacífico<br>

Léo de Deus
Léo de Deus supera doença e conquista três pódios (Foto: Divulgação/Unisanta)

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O nadador Leonardo de Deus, da Unisanta, conquistou duas medalhas de ouro e uma de bronze no Troféu Brasil Maria Lenk. Aos 27 anos, o atleta superou a doença mão-pé-boca, causada pelo vírus Coxsackie, e conseguiu se destacar na piscina. Léo conquistou também a pré-convocação para o Pan-Pacífico, em agosto, no Japão. Nono no ranking mundial, o atleta se tornou o nadador em atividade com mais vitórias individuais no Maria Lenk. Ao todo foram 19 triunfos, contra 17 de Cesar Cielo. 

Quem vê o nadador no pódio não faz ideia de que há três semanas Léo foi internado no Hospital 9 de Julho, em São Paulo. Com muitas dores e febre alta, o atleta foi diagnosticado com a síndrome mão-pé-boca - uma doença rara entre adultos. Outros sintomas apresentados pelo nadador foram aftas e bolhas na palma das mãos e sola dos pés. 

- Essa competição está sendo muito importante para mostrar minha maturidade. Às vezes não acreditamos no que somos capazes de realizar. Eu consegui me superar. No início da virose, pensei em não competir. Eu tremia de dor no hospital. É um vírus relativamente novo, os médicos ficaram sem saber o que fazer, e faltavam duas semanas para a competição. Mas eu me preparei e não deixei me abater. Não poderia jogar fora tudo que trabalhei. Está sendo uma prova de superação - afirmou o nadador da Unisanta.

Como a doença é contagiosa, o Léo de Deus tomou cuidado com os seus pertences e no contato direto com seus familiares e companheiros de profissão. Saliva, secreções e alimentos contaminados poderiam disseminar o vírus. A recomendação dos médicos era para Léo ficar pelo menos uma semana de repouso, mas o atleta não parou um dia sequer. 

Para curar a doença, os pacientes devem se submeter a tratamento com remédios para dores e pomada corticoide. Mas como Léo de Deus estava competindo, a maioria dos medicamentos e anti-inflamatórios eram proibidos. Com o risco de ser punido pelo exame antidoping, Léo suportou a dor.

Mesmo com todas as dificuldades, o nadador conquistou o ouro nos 200m borboleta, com o tempo de 1m55s5, 14 centésimos acima de sua melhor marca na carreira.

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