Irmão de Robert Scheidt vê evolução do caçula em nova classe

Aposentado há um ano, Thomas participa da Semana de Vela de Ilhabela como membro da comissão de regata da classe HPE

Robert Scheidt tem planos de competir nos Jogos de Tóquio pela classe 49er
Robert Scheidt ingressou na 49er em janeiro deste ano (Foto: Divulgação)

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Enquanto Robert, dono de cinco medalhas olímpicas, se aventura em uma nova classe de vela pensando em Tóquio-2020, seu irmão mais velho, Thomas Scheidt tem uma vida mais tranquila. Com a vela correndo em suas veias, o Macarrão se aposentou das competições no ano passado e, após vinte e poucas aparições na Semana de Vela de Ilhabela como velejador, ele é um membro da comissão de regata da classe HPE. 

Com o mesmo estilo do irmão, com cabelos loiros e olhos azuis, Thomas explica que a vela é uma herança da família Scheidt. 

- É uma coisa que meu avô já velejava, meu pai já velejava. Em casa todo mundo velejou - conta.

Entre os três filhos de Carin e Fritz, Robert foi o que conquistou mais prestígio no mundo da vela. Thomas, contudo já campeão mundial de vela na Classe Pinguim e também esteve ao lado do irmão durante sua trajetória. 

- Eu trabalhei junto com ele durante bastante tempo, ajudei ele a ir para a China e no Pan do Rio-2007 - relata. 

Sobre a nova aventura de Robert, aos 43 anos, na classe 49er - ao lado do proeiro Gabriel Borges - Thomas vê evolução no desempenho do caçula. 

- Ele já está indo muito bem. A princípio ele teve um pouquinho de dificuldade, o barco é muito diferente do que ele está acostumado, mas ele se adaptou muito rápido. O Robert é incrível, em qualquer barco que ele sobe em questão de tempo ele já está super adaptado e já está ganhando as regatas.

Afastado das competições desde o ano passado, Macarrão afirma que as vezes a saudade das competições bate, mas que sua decisão, pelo menos nos próximos anos, é definitiva. 

- Acho que todo mundo tem o seu tempo. O meu como competidor de iatismo já acabou. Eu estou com um problema crônico nas costas, é uma coisa que dificulta muito para velejar de HPE. Ultimamente eu tenho só velejado de windsurfe, mais por curtição e nada de competição - explica. 

Desde então, a relação entre Thomas e os campeonatos é como parte das comissões. Pela primeira vez fora das águas de Ilhabela, ele afirma que as condições da 'festa da vela brasileira' estão boas.

- A gente pegou uma semana muito boa. As condições estão perfeitas, o que está facilitando o nosso trabalho como comissão de regata.

Além das boas condições, a competição que se encerra neste sábado, também é uma grande oportunidade para rever amigos e trocar experiências, já que o evento comporta diversas gerações.

- O legal da Semana de Vela é que ele é o maior evento da modalidade na América Latina. Uma vez por ano a gente acaba se cruzando com todos os nossos amigos de diferentes estados, além da mescla entre velejadores amadores e profissionais.

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