Fora da Olimpíada, armador Ricardo Fischer diz: ‘Um baque muito grande’

Uma das maiores revelações do basquete brasileiro nos últimos anos, atleta de 24 anos do Bauru sofre um rompimento no ligamento cruzado anterior do joelho direito

Ricardo Fischer é fotografado com saco de gelo no joelho após lesão (Foto: Caio Casagrande/Bauru Basket)
Ricardo Fischer é fotografado com saco de gelo no joelho após lesão (Foto: Caio Casagrande/Bauru Basket)

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Uma tentativa de arremesso. Um salto. Uma queda. E o fim de um sonho. Essa foi a cronologia que tirou o jovem armador do Bauru, Ricardo Fischer, de 24 anos, da Olimpíada do Rio de Janeiro. Na última sexta-feira, na semifinal da Liga das Américas contra o Flamengo, o atleta rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito e deu adeus à chance de representar o Brasil nos Jogos.

Com uma recuperação de seis a oito meses a partir do momento da cirurgia, que ainda não foi feita, o jogador, tido como um dos maiores candidatos à vaga na armação da Seleção, perdeu a chance de disputar o evento em casa. Em entrevista ao LANCE!, ele comenta sobre o sonho perdido.

- Até sair da ressonância, eu tinha um pouco de esperança de ser algo mais leve, mas foi um baque saber do tempo de recuperação, logo em um ano tão importante - comentou o jovem.

Na última Olimpíada, o treinador argentino da Seleção, Rubén Magnano, convocou quatro armadores: Marcelinho Huertas, Raulzinho, Leandrinho e Larry Taylor. Para a Rio-2016, os três primeiros nomes devem se repetir, enquanto o americano naturalizado brasileiro, em má fase, tinha grandes chances de perder seu lugar para Fischer.

Fischer disputou o Pan de Toronto (Foto: Inovafoto)
Ricardo Fischer disputou o Pan de Toronto (Foto: Inovafoto)

Apesar de não estar confirmado nos Jogos, o jogador do Bauru era ventilado como principal candidato à vaga, especialmente após a boa participação no Pan-Americano de Toronto (CAN), no ano passado, e o momento melhor do que o outro concorrente ao posto, Rafael Luz, do Flamengo.

- Não contava com a vaga na Olimpíada já, mas o Magnano veio até Bauru conversar com a gente e disse que eu estava na briga por esse posto. Pediu para eu continuar treinando firme que eu estava nessa lista de jogadores que poderiam ser convocados - disse, antes de revelar quem ele pensa que irá "substituí-lo" nessa corrida:

- Para a Olimpíada, eu acredito que o Rafael Luz vá. Ele está há muitos anos na Seleção, é um jogador muito inteligente, e acredito que é um cara que vá.

- A Olimpíada é o ápice e o sonho de qualquer jogador. Em casa, isso duplica. Vai saber quando teremos uma de novo. Mas tive dois dias pensando nisso e preciso parar. Tenho de pensar na minha recuperação - completou.

Com a chance perdida, Fischer quer "mudar o pensamento". Ao invés de se lastimar por não ir ao Rio de Janeiro, o foco agora é se recuperar da lesão e, quem sabe, voltar a brigar por uma vaga na Seleção. Afinal, aos 24 anos, o jovem ainda tem muito pela frente. E o Brasil muito a ganhar.

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