Etiene Medeiros volta às provas de 100m no Troféu José Finkel

Depois de quase oito meses sem nadar provas de 100m, atleta do Sesi-SP faz retomada da distância e está na final no nado livre 

Em retomada de provas de 100m, Etiene Medeiros quer se ‘divertir’ no Finkel
Etiene Medeiros conquistou o ouro nos 50m costas no Mundial de Budapeste (Foto: Satiro Sodré/SSPress)

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A nadadora Etiene Medeiros caiu na água na manhã desta quinta-feira, na piscina do Unisanta em Santos para retomar suas provas nos 100m. Depois de quase oito meses, ela voltou a competir em provas desta distância e já marca presença na final dos 100m livre com segundo melhor tempo da final (56s14), o primeiro tempo é da nadadora Larissa Oliveira, do Pinheiros, com o tempo de 56s02, que também detém o recorde sul-americano e brasileiro da prova.

- Desde as Olimpíadas não nadava provas de 100 metros e acho que é uma nova etapa. O Vanza (Fernando Vanzella, técnico) vinha conversando comigo, falando sobre o quanto voltar antes era melhor e calculamos isso, se inscrever no Finkel em uma prova de 100m e em outra prova na mesma etapa. Fazia tempo que não sentia essa mesma sensação de nadar duas provas na mesma etapa. Acho que faz parte do treinamento, mas também para eu me sentir mais confiante durante algumas provas na temporada, para que eu consiga nadar melhor lá na frente os 100m livre e os 100m costas. Hoje à tarde será bom. Vou para fazer o meu melhor - analisou a campeã mundial nos 50m costas.

Etiene disse que o corpo também se adaptou rápido à nova distância.

- Foi tranquilo, tenho uma experiência boa nesse tipo de prova. Sei que o pensamento para nadar os 100m é diferente do que para nadar os 50m. Acho que encarei bem e a tarde vai dar para fazer melhor - acrescentou.

Já na prova que deu à Etiene o título mundial há dez dias, os 50m costas, a nadadora do Sesi-SP foi para a final desta tarde com o melhor tempo (28s92), acima do tempo que lhe rendeu a primeira medalha de ouro da história da natação feminina em mundiais de piscina longa (27.14).

O técnico Fernando Vanzella fez questão de ressaltar o planejamento feito para a nadadora neste novo ciclo olímpico.

- Importante a gente pensar o alto rendimento a longo prazo e é isso que estamos tentando fazer. Depois das Olimpíadas voltamos a programação de provas para as de 50m, para começar um novo ciclo progressivamente. Hoje, aqui no Finkel, é o início de uma nova etapa neste novo ciclo olímpico, ela nadando prova de 100m, duas provas em uma mesma etapa, buscando dar o melhor resultado nas duas provas, independente se a competição dá ou não vaga à alguma coisa. Degrau por degrau que se constrói um resultado lá na frente. Gostei do que vi na eliminatória - explicou.

Joanna Maranhão vai ao pódio

Na modalidade mais forte da competição até esta etapa, os 200m medley, Joanna Maranhão fez prova à parte, com grande vantagem sobre as outras nadadoras, nos quatro estilos disputados na última quarta-feira. A atleta da Unisanta fechou a prova com 2m11s79, bateu o recorde do campeonato e terminou cinco segundos à frente da segunda colocada, Virginia Bardach Martin, do Minas Tênis (2m16s46). Gabi Roncatto, também da Unisanta, ficou com a terceira colocação (2m16s58).

Joanna, que não tem muitas adversárias brasileiras nesta prova em campeonatos nacionais absolutos, só perdeu os 200 medley para nadadoras estrangeiras.

- O meu tempo no Mundial de Budapeste (2m11s24) me impulsionou a não deixar cair a marca neste campeonato e querer nadar o mais rápido possível. Na verdade, eu não estava esperando o 2m11, mas me senti bem à tarde, e deu tudo certo - comentou Maranhão.

A nadadora de 30 anos também comentou sobre estar cansada após o Mundial.

- Sou uma atleta que tem uma resistência muito grande e nadar vários campeonatos seguidos e várias provas não faz muita diferença para mim.

Outro destaque da noite foi Poliana Okimoto, única medalhista olímpica feminina da natação brasileira. A atleta da Unisanta segurou muito bem suas parciais e liderou os 1500m livre do começo ao fim. Poliana, que fez uma grande prova, concluiu com 16m40s76. A prata ficou com Letícia Maria Rodrigues, do Corinthians (16m47s05) e o bronze com Gabriela Cordeiro Ferreira, do GNU (16m55s87).

- Eu fiquei muito feliz, pois meu maior objetivo nesta competição era vencer essa prova, porque é a mais próxima dos 10km. Queria fazer abaixo dos 16m40s e termino bem satisfeita com o resultado.

Sobre a readaptação para as provas de piscina, Poliana diz ser bem difícil.

- Na prova de piscina, o atleta precisa ter muito mais potência e velocidade, tem bastante especificidades, como saída e muitas viradas, que faz muita diferença no tempo total. Como eu tenho nadado mais maratona, tenho dificuldade nestes fundamentos - explicou. 

O terceiro ouro da Unisanta no segundo dia de provas veio do revezamento 4x200m livre. Em disputa emocionante, braçada a braçada, a equipe feminina da Unisanta venceu com Carolina Bilich, Joanna Maranhao, Andrea Berrino e Gabrielle Roncatto, cravando 8m09s27.

Joanna Maranhão, que fez a melhor parcial da prova, ficou muito feliz com a vitória. A equipe do Pinheiros ficou com a prata (8m09s63) e a do Minas com o bronze (8m14s87).

- Revezamento não se nada sozinho. Nós não somos o melhor time dessa prova "no papel", mas o trabalho de equipe nos deu essa vantagem. Já nadamos algumas provas individuais hoje, mas demos o nosso melhor para conquistar mais essa medalha para Unisanta - comentou Joanna.

Outras medalhas - Nos 100m costas feminino, Andrea Berrino, da equipe do Santa, conquistou medalha de prata, com o tempo 1m02s47. O ouro ficou com Natalia de Luccas, do Pinheiros (1m02s46), e o bronze para Fernanda Goeij, do Curitibano (1m02s65).

Já nos 100m costas masculino, a Unisanta ganhou o bronze, com Leonardo de Deus (55s26). O campeão da prova foi o Pinheiros, com Guilherme Guido (53s94) e o Minas Tênis levou a prata, com Nathan Bighetti (54s89).

Recordes quebrados


Além do recorde de campeonato batido por Joanna Maranhão, a etapa foi finalizada com o recorde de campeonato da equipe masculina do Pinheiros no revezamento 4X200m livre (7m17s05). A equipe do Minas ficou com a prata (7m22s94) e o GNU, com o bronze (7m25s41). A Unisanta terminou em quarto com 7m27s31.

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