CBDA prepara ação criminal por documentos vazados

Após a suspensão da liminar que afastava Coaracy Nunes e mais quatro membros da entidade, CBDA quer punição pela divulgação de documentos financeiros e fiscais

Coaracy Nunes preside a CBDA desde 1988 e é alvo de ação de improbidade administrativa por fraudes na gestão
Coaracy Nunes reassume presidência da CBDA (Foto: Divulgação)

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Após suspender a liminar responsável pelo afastamento do presidente Coaracy Nunes e mais quatro membros, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) anunciou, em entrevista coletiva na tarde da última sexta-feira, que prepara uma ação criminal contra os responsáveis pelo vazamento de documentos.

O advogado que representa a entidade, Marcelo Franklin, afirmou que está reunindo informações para entrar com uma ação na Justiça. Ele não divulgou nomes de possíveis suspeitos.

- Estamos levantando quem causou esses danos para a Confederação, e essa conta vai chegar aos responsáveis. Estamos preparando uma ação criminal, pois estavam subtraindo documentos da CBDA, documentos fiscais e financeiros. Esses documentos estavam chegando muito rapidamente na mão de algumas pessoas de maneira indevida. A CBDA busca primeiro responsabilizar os envolvidos criminalmente, queremos averiguar exatamente as pessoas que participaram desta situação. Estavam vindo ao público algumas informações que não deveriam estar vindo ao público. Esse é um problema grave de segurança de informações. Queremos mostrar quem são os responsáveis por isso e qual é a finalidade - afirmou.

O advogado criticou a Justiça de São Paulo e celebrou a decisão do desembargado Nery da Costa Junior, responsável pela suspensão da liminar.

- O afastamento tinha cunho político, eu tinha certeza que quando deixassem a CBDA se defender ficaria muito claro que tudo foi feito de maneira correta. A Justiça de São Paulo é incompetente para apreciar essa ação, é um absurdo essa ação correr em São Paulo, a tendência é que agora ela venha para o Rio. O desembargador verificou que as acusações não mostram o que cada um fez de errado, não há uma individualização de conduta. Depois ele verificou que não existe prova nenhuma de irregularidade praticada pelos dirigentes - disse.

Franklin conta que comprovou que todos os equipamentos foram comprados de maneira regular.

- Provamos que houve licitação e que houve a entrega dos equipamentos. Foi comprovado com notas fiscais, recibos, contratos, fotos dos equipamentos chegando na CBDA e nas federações. A principal acusação seria de que os equipamentos jamais teriam sido comprados, mas mostramos as provas documentais disso, juntei 750 páginas de documento mostrando que tudo foi comprado de maneira regular - ressaltou.

O presidente Coaracy Nunes também esteve presente e mostrou-se satisfeito em retornar ao cargo.

- Estou bastante satisfeito, feliz que agora prevaleceu a verdade. Recebi muitas mensagens de apoio, as pessoas sabem da minha integridade - 

O Ministério Público Federal de São Paulo vai recorrer da decisão. O anúncio foi feito por meio de nota oficial no site da entidade.

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